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SÃO PAULO – As ações da empresa de biotecnologia Moderna disparam até 30% nesta segunda-feira (18) em Nova York após a companhia anunciar testes iniciais positivos para a criação de uma vacina contra o novo coronavírus. Segundo a empresa, um estudo em estágio inicial mostrou que todos os 45 participantes do teste produziram anticorpos para a Covid-19.
Com isso, os papéis da empresa fecharam com alta de 19,96% na bolsa americana, cotados a US$ 80,00, após saltarem 30% na máxima do dia. No pré-market, logo após a notícia ser divulgada, as ações chegaram a disparar cerca de 40%.
Os participantes foram divididos em três grupos, que receberam doses de 25 microgramas, 100 mcg ou 250 mcg. As pessoas então receberam duas doses da vacina por injeção intramuscular no braço, com aproximadamente 28 dias de intervalo.
A companhia não disponibilizou os dados do grupo que recebeu a dose mais forte e informou ainda que em uma eventual segunda fase de testes não irá realizar mais estudos com esta quantidade da vacina por conta dos resultados positivos nos grupos de 25 mcg e 100 mcg.
No dia 43, ou duas semanas após a segunda dose, os níveis de anticorpos no grupo de 25 mcg estavam nos níveis geralmente vistos em amostras de sangue de pessoas que se recuperaram da doença, informou a empresa. Os anticorpos dos de 100 mcg “excederam significativamente os níveis” em pacientes recuperados, explicou a Moderna.
A vacina também produziu anticorpos neutralizantes contra a Covid-19 em pelo menos oito participantes, sendo quatro do grupo de 25 mcg e outros quatro do de 100 mcg, informou a companhia.
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Este resultado envolve um número pequeno de pacientes. A empresa anunciou que deve realizar novos testes em julho que podem envolver 600 pessoas.
A Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa no Brasil, já autorizou a segunda fase dos testes. “A fase provisória 1, embora em estágio inicial, demonstra que a vacinação com o mRNA-1273 produz uma resposta imune da mesma magnitude que a provocada por infecção natural”, disse Tal Zaks, diretor médico da Moderna, em comunicado.
Caso os testes da segunda fase sejam bem-sucedidos, Tal Zaks afirma que uma vacina poderá ficar disponível para uso generalizado até o fim deste ano ou no início de 2021. “Estamos fazendo o possível para chegar logo ao maior número possível de doses”, informou.
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O estudo clínico é realizado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, onde o governo investiu US$ 500 milhões para essa potencial vacina. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que aguarda a descoberta de uma vacina até o final do ano.
Não há tratamento ou vacina comprovada contra o coronavírus no momento. Dezenas de empresas nos Estados Unidos, Europa e China estão correndo para produzir vacinas a partir dos mais variados métodos. Alguns usam a mesma tecnologia adotada pela Moderna, que envolve um segmento de material genético do vírus, chamado RNA mensageiro, ou mRNA.
(Com Agência Estado)
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