Acionistas aprovam fusão de Omega Geração e Omega Desenvolvimento, criando nova empresa

Analistas veem movimento como positivo, destravando valor por meio de potenciais sinergias

Mariana Zonta d'Ávila

Omega Energia (Divulgação)
Omega Energia (Divulgação)

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SÃO PAULO – A Omega Geração (OMGE3) informou na noite de quinta-feira (28) que seus acionistas aprovaram, em assembleia geral extraordinária, o acordo para adquirir sua empresa-irmã, a Omega Desenvolvimento.

A empresa combinada, denominada Omega Energia (“OE”), pretende ser listada no Novo Mercado da B3 e pretende ultrapassar 4,5 mil MW em geração renovável operacional até dezembro de 2024.

Em fato relevante, a companhia explica que a relação de substituição prevê que os acionistas recebam 2,263 novas ações ordinárias da Omega Energia para cada ação da companhia a ser incorporada. Como resultado, após a combinação de negócios, a empresa representará 81,51% da Omega Energia.

Segundo analistas, o valor implícito da Omega Desenvolvimento no swap de ações é de R$ 1,784 bilhão, ante R$ 1,966 bilhão proposto anteriormente, e R$ 1,6 bilhão solicitado pelos acionistas minoritários.

O movimento foi bem visto por investidores e analistas do mercado financeiro. Por volta das 10h30, as ações OMGE3 operavam em alta da ordem de 0,4%, negociadas a R$ 33,64.

Em relatório, o Itaú BBA avaliou como positivo a aprovação da fusão entre as companhias, uma vez que deve melhorar a governança corporativa da empresa e permitir que o grupo cresça em um ritmo mais rápido e com maior rentabilidade.

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O banco mantém recomendação outperform (performance acima da média do mercado) para ações da Omega e preço-alvo de R$ 37,80.

Na avaliação do Credit Suisse, a nova relação de substituição é razoável, favorecendo os acionistas minoritários da Omega Geração.

“A iniciativa de adicionar uma opção greenfield para os minoritários da Omega é boa, porque aumenta o potencial de valorização de projetos futuros, elimina conflitos e permite possíveis sinergias, como benefício fiscal para unidade de comercialização, ganhos operacionais e menor custo de financiamento”, escrevem os analistas.

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O banco também tem recomendação outperform para as ações OMGE3 e preço-alvo de R$ 45,30.

A XP, por sua vez, destaca como positivo o valuation “atrativo” da incorporação, de R$ 1,8 bilhão – redução de R$ 910 milhões em relação à primeira proposta –, além de o acordo destravar valor por meio de potenciais sinergias no valor de R$ 1 bilhão.

Os analistas chamam atenção ainda para a avaliação das ações da Omega Geração em 19% acima do preço de mercado, resultando em uma alta para os atuais acionistas de R$ 2,1 bilhões (considerando as sinergias), ou 32% do valor de mercado atual.

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A casa reiterou Omega como top pick no setor, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 48 por ação.

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