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As ações do IRB (IRBR3) registraram ganhos após a companhia voltar a registrar lucro. O papel IRBR3 fechou a sessão desta segunda-feira (24) em alta de 6,23% , a R$ 27,62.
A resseguradora reverteu prejuízo de R$ 50,9 milhões registrado em fevereiro do ano passado com um lucro de R$ 14,3 milhões no mesmo mês deste ano, segundo dados divulgados pela companhia nesta segunda-feira. Em janeiro, o lucro foi de R$ 9 milhões.
Os prêmios emitidos pela companhia somaram R$ 537,2 milhões em fevereiro ante R$ 478,5 milhões no mesmo mês do ano passado. O índice de sinistralidade no período passou de 81% para 81,7%.
O Citi aponta que os números foram ajudados por melhores resultados financeiros de R$ 71 milhões. A sinistralidade ficou em 82%, em linha com fevereiro de 2022, mas ainda um aumento sequencial em relação aos 74% reportados em janeiro.
Os prêmios auferidos de R$ 537 milhões aumentaram 12% ao ano, mas caíram 24% sequencialmente. Apesar das impressões operacionais mais fracas na base mensal, com prêmios mais baixos e sinistralidade mais alta, a boa notícia é que o resultado final para os dois últimos meses está atualmente em R$ 23 milhões, o que alivia marginalmente as preocupações em termos de capital/ liquidez para o trimestre.
“Temos um lucro líquido estimado de R$ 59 milhões para o 1T23 e uma recomendação neutra no IRB, pois ainda o vemos caminhando na corda bamba quanto ao atendimento das exigências de capital nos próximos trimestres”, avalia o Citi.
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O JPMorgan aponta que os resultados agora estão em uma taxa de execução de cerca de R$ 35 milhões para ganhos no 1T23, melhor do que o prejuízo de R$ 28 milhões esperado.
A melhoria continua sendo impulsionado principalmente pela sinistralidade, que encerrou fevereiro em 82% versus 74% em janeiro e 94% no 4T22. Os resultados para seguradoras primárias foram divulgados apenas para março, e a sinistralidade rural continua um tanto comportada – embora piorando na base mensal – o que deve apoiar os resultados do IRB.
O índice de retrocessão também surpreendeu para o lado positivo, em 35% em fevereiro, pior que o de 21% em janeiro, mas bem abaixo dos 40-50% no 3T22 e 4T22.
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O destaque negativo foi a solvência regulatória em 104%, ainda em níveis desconfortáveis, embora o caso base do JP neste ponto seja que o IRB não precisará de outro aumento de capital.
O JPMorgan vê o múltiplo P/VPA (preço sobre o valor patrimonial da ação) da ação negociando a 0,5 vez, o que é visto como cara tendo em vista as tendências de rentabilidade de curto prazo. O JP mantém a preferência no setor para seguradoras primárias BB Seguridade (BBSE3) e Porto Seguro (PSSA3).