Ação do IRB (IRBR3) desaba 20,93% em primeira sessão pós-grupamento na proporção de 30 para 1

Na véspera, as ações já haviam caído com dados mostrando prejuízo em novembro

Equipe InfoMoney

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As ações do IRB (IRBR3) tiveram queda expressiva em sua primeira sessão pós-grupamento, na proporção de trinta para um. Nesta quarta-feira (25), os ativos fecharam com queda de 20,93%, a R$ 22,06 após terem fechado a sessão da véspera a R$ 0,93 (ou seja, com os ajustes pós-grupamento, a R$ 27,90).

A resseguradora aprovou o grupamento de ações em dezembro passado de modo a atender as regulamentações da B3. O fato de negociar abaixo de R$ 1 culminou com a saída da empresa do Ibovespa na carteira do índice que vigorará entre janeiro e abril de 2023.

Há a avaliação recorrente de que o grupamento de ações pode ser uma “cilada” para o investidor, dado que o ativo, que já estava na casa de centavos pelo seu baixo desempenho, teria assim ainda “mais espaço para cair”.

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No caso do IRB especificamente, nesta semana a companhia não apresentou boas notícias para os investidores. A empresa divulgou seus números de novembro na noite de segunda-feira (23) com um prejuízo mensal de R$ 48 milhões, após um lucro de R$ 6 milhões em outubro (que tinha dado esperanças de uma recuperação da resseguradora).

De acordo com analistas, como o do JPMorgan, os números divulgados ontem corroboram a visão de que a recuperação pode demorar mais do que está precificado no mercado.

“Notavelmente, o índice de sinistralidade no mês ficou em 96%, deteriorando-se contra 81% em outubro. Em uma nota mais positiva, a taxa de comissão manteve-se comportada em cerca de 20% e os prêmios emitidos diminuíram 23% na base anual (versus 9% de crescimento em 2021), incluindo queda anual de cerca de 7% no Brasil, o que para nós é indicativo de que a gestão está agora favorecendo mais fortemente a rentabilidade”, aponta o JP.

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O Citi observa uma melhora nos números da resseguradora, mas aponta que agora, no acumulado do quarto trimestre de 2022, a empresa tem um prejuízo de R$ 42 milhões. Neste cenário de prejuízos, a adequação de capital segue sendo uma questão para a companhia. A recomendação atual é neutra, com preço-alvo de R$ 0,90, ou 11,8% menor em relação ao fechamento de segunda.

A Genial Investimentos destaca o “novembro vermelho” do IRB e que, no acumulado de 2022 até aquele mês, o resultado foi negativo em R$ 633,7 milhões, versus R$ 510,4 milhões no mesmo período de 2021.

“Com o fraco resultado de novembro de 2022, o prejuízo acumulado para o 4T22 é de R$ 42,1 milhões. Ainda falta o mês de dezembro para fechar o trimestre como um todo, mas não esperamos grandes novidades para conseguir reverter fortemente o resultado negativo”, avalia a casa.

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O IRB divulga seus resultados fechados do quarto trimestre e de 2022 no dia 27 de fevereiro.

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