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SÃO PAULO – O mercado de ações tem um dia movimentado, com destaque para as ações da Via Varejo que caíram até 4%, enquanto o Pão de Açúcar avança com Michael Klein fechando a compra da dona das casas Bahia e Ponto Frio. Já CSN e Usiminas caem depois de terem a recomendação reduzida pelo Morgan Stanley. Confira os destaques:
Pão de Açúcar (PCAR4) e Via Varejo (VVAR3)
O Grupo Pão de Açúcar anunciou que o seu Conselho de Administração aprovou a venda da sua fatia da Via Varejo – dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio – para Michael Klein a R$ 4,75 por ação, um valor 5% menor do que a cotação de fechamento da última terça-feira.
O GPA afirma no documento que recebeu no último dia 11 carta de Michael Klein comunicando que, caso realize a venda de todas as ações que detém na Via Varejo em leilão na B3, o empresário apresentará, “individualmente (direta ou indiretamente) e em conjunto com outros investidores, uma ou mais ordens de compra para aquisição de todas as ações da Via Varejo detidas pela companhia pelo preço máximo de 4,75 reais por ação”.
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O GPA possui atualmente 36,27% do capital social da Via Varejo. Assim, considerando a quantidade de ações atualmente detidas pelo grupo, a venda seria fechada por no mínimo R$ 2,23 bilhões.
Centauro (CNTO3) e Magazine Luiza (MGLU3)
Em mais um capítulo da disputa pela rede varejista online, a Centauro elevou pela segunda vez sua oferta para a aquisição da Netshoes, dessa vez para US$ 3,70 por ação, ante US$ 3,50 anteriormente. Dessa forma, o montante somaria US$ 114,9 milhões, valor 23% superior ao proposto pelo Magazine Luiza. A previsão é de que os acionistas da Netshoes deliberem sobre as propostas nesta sexta-feira, dia 14.
Petrobras (PETR3;PETR4)
As ações da Petrobras têm leve queda em meio a uma sessão de forte baixa do petróleo, de cerca de 2%, com os dados do American Petroleum Institute apontando para alta nos estoques de 4,9 milhões de barris da commodity nos EUA, o que ajuda a aprofundar o movimento de queda em meio às preocupações com a desaceleração da economia global.
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No radar da companhia, em audiência na Câmara dos Deputados, o CEO Roberto Castello Branco, afirmou que a companhia pretende investir US$ 105 bilhões nos próximos cinco anos, dos quais R$ 21 bilhões deverão vir da cessão onerosa. O valor é 25% superior ao previsto no plano de negócios 2019/2023. Do total, US$ 90 bilhões serão destinados a áreas prioritárias, como óleo e gás.
A expectativa, destaca o Valor Econômico, é de que as multinacionais poderão, no leilão, dos excedentes do pré-sal, elevar suas participações no mercado brasileiro. Até 2020, a parcela da Petrobras poderá cair de 74% para 60%. Num cenário base, após a segunda metade da próxima década, essa participação poderá recuar a 50%.
Ainda sobre Petrobras, a empresa informou ontem o início da fase não vinculante do processo de venda da totalidade de suas participações em 27 campos maduros terrestres, localizados no Espírito Santo, denominados conjuntamente Polo Cricaré.
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Segundo a empresa, nessa etapa do projeto, os interessados habilitados na fase anterior receberão instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para elaboração e envio das propostas não vinculantes, além de acesso a um data room virtual contendo mais informações sobre o polo.
“A presente divulgação ao mercado está em consonância com a Sistemática para Desinvestimentos da Petrobras e alinhada às disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018”, afirma a empresa.
Além disso, a empresa assinou nesta terça-feira um termo de compromisso de cessação com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que consolida os entendimentos entre as partes sobre a execução de desinvestimento em ativos de refino no Brasil.
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O termo tem por objeto propiciar condições concorrenciais, incentivando a entrada de novos agentes econômicos no mercado de refino, bem como suspender o inquérito administrativo instaurado pelo Tribunal do Cade para investigar suposto abuso de posição dominante da Petrobras no segmento de refino.
Com a celebração desse termo, a Petrobras se compromete a vender integralmente os ativos de refino divulgados em comunicado de 26/4/19, com base em um cronograma acordado entre as partes, nos termos da Sistemática de Desinvestimentos da companhia, segundo o disposto no Decreto 9.188/17.
O acordo prevê que os seguintes ativos considerados como potencialmente concorrentes não poderão ser adquiridos por um mesmo comprador ou empresas de um mesmo grupo econômico: Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e Refinaria Abreu e Lima (RNEST); Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR) e Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP); e Refinaria Gabriel Passos (REGAP) e Refinaria Landulpho Alves (RLAM).
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Vale (VALE3)
Os investidores seguem acompanhando, ainda que de maneira mais tímida nesta sessão, a valorização no preço do minério, que opera com nova alta nesta quarta-feira. O movimento se segue ao de ontem, quando o preço do produto disparou com as medidas anunciadas pelo governo chinês de incentivo aos investimentos em infraestrutura no país.
A Coluna Painel S.A. da Folha destaca que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes suspendeu ontem as quebras de sigilo fiscal e bancário do ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman. Segundo a publicação a decisão vai na contramão da CPI de Brumadinho, que havia aprovado requerimento no último dia 4. Mendes afirmou não ver “necessidade ou utilidade” para tais informações.
Recomendações
O destaque do mercado fica também para as recomendações de ações. O Carrefour Brasil (CRFB3) teve a recomendação reduzida pelo HSBC e pelo Bradesco BBI para equivalente a neutra, ambos com preço-alvo de R$ 24, enquanto Guararapes (GUAR3) foi elevada pelo HSBC para manutenção com preço-alvo de R$ 16,50. Já o Morgan Stanley reduziu a recomendação para Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) para equalweight (exposição em linha com a média do mercado), com preços-alvos respectivos de R$ 9 e R4 16,60.
Bradesco (BBDC3;BBDC4) e Braskem (BRKM5)
Em relação ao caso do Grupo Odebrecht, os grandes bancos brasileiros estão negociando em conjunto uma recuperação extrajudicial – ou seja, fora do ambiente da Justiça, afirmou ontem Octavio de Lazari, presidente do Bradesco. “Trabalhamos com todos os cenários (sobre a Odebrecht)”, disse Lazari. “Procuramos, porém, (priorizar) uma recuperação extrajudicial para que todos os atores possam sentar-se à mesa e chegar a um ajuste, com concessão de mais prazo e condição de pagamento diferenciada.”
Com cerca de R$ 70 bilhões em dívidas, a Odebrecht tenta não seguir o mesmo caminho de sua subsidiária do agronegócio, a Atvos, que no fim de maio pediu recuperação judicial após uma investidora americana, a Lone Star, ter conseguido na Justiça o arresto de parte da produção da empresa.
Outro revés ao Grupo Odebrecht foi a desistência da holandesa LyondellBasell, na semana passada, de comprar o controle da Braskem. Ativos da petroquímica também tinham sido oferecidos pela Odebrecht para facilitar as conversas com credores.
Gerdau (GGBR4)
Ainda no noticiário corporativo, a Gerdau negocia a compra da Siderúrgica Latino Americana (Silat), localizada em Caucaia, no Ceará, pertencente ao grupo espanhol Hierros Añón, diz o Valor Econômico. Segundo a publicação, a operação poderia movimentar cerca de US$ 100 milhões.
A companhia é produtora de aços longos e tem capacidade instalada anual de 600 mil toneladas de vergalhões e fio-máquina, além de 60 mil toneladas de malhas eletrosoldadas.
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Enel (ELPL3)
A Fundação Procon-SP informou ter multado a Enel Distribuição São Paulo (ex-Eletropaulo) em R$ 5,019 milhões por “condutas que estão em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor”. A entidade explica que a autuação baseia-se em reclamações de consumidores que procuraram o atendimento da fundação.
Procurada, a Enel Distribuição São Paulo afirmou ter sido notificada pela Fundação Procon SP e disse que tem até 15 dias para prestar os devidos esclarecimentos. A Distribuidora acrescenta que mantém canais regulares de relacionamento com o Procon-SP, para atender todas as solicitações.
Banrisul (BRSR6)
O Banrisul foi informado pelo Estado do Rio Grande do Sul, controlador do banco, sobre o interesse na realização de oferta pública envolvendo ações excedente de controle, diz o banco em comunicado. A oferta abrangerá ações ordinárias até o limite da manutenção
do controle acionário.
(Agência Estado e Bloomberg)
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