Ação da Vale (VALE3) tem alívio e sobe mais de 2% com novo suporte da China impulsionando minério

Autoridades chinesas anunciarem medidas para aumentar o consumo no país, incluindo no setor imobiliário.

Equipe InfoMoney

Raw ore at an open-pit mine in California.
Raw ore at an open-pit mine in California.

Publicidade

A ação da Vale (VALE3) registrou ganhos na sessão após a forte queda de sexta-feira (28) pós-resultado. O papel VALE3 fechou em alta de 2,26%, a R$ 69,16, nesta segunda-feira (31).

Isso depois de alta de 0,9% do minério de ferro em Cingapura, após autoridades chinesas anunciarem medidas para aumentar o consumo no país, incluindo no setor imobiliário. No setor, CSN Mineração (CMIN3) avançou 3,73%, a R$ 4,45.

O principal órgão de planejamento da China divulgou um comunicado detalhando medidas para impulsionar o consumo doméstico, uma vez que a recuperação pós-covid-19 da segunda maior economia do mundo perdeu força.

Continua depois da publicidade

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, pela sigla em inglês) orientou governos locais a aliviar restrições para compras de carros e lançar medidas para incentivar aquisições de novos veículos. O órgão também determinou que autoridades locais promovam o uso de carros elétricos em áreas do interior e aperfeiçoem a infraestrutura voltada a veículos movidos a bateria.

O NDRC também deseja estimular o consumo de eletrodomésticos por meio de medidas de troca e reciclagem. Os governos locais poderão oferecer subsídios para consumidores rurais comprarem e trocarem eletrodomésticos, segundo o comunicado.

A recuperação alimentada pelo consumo da China desacelerou nos últimos meses, após o forte impulso inicial do começo do ano. As vendas no varejo chinês, por exemplo, tiveram expansão anual de 3,1% em junho, bem abaixo do acréscimo de 12,7% de maio.

Continua depois da publicidade

O NDRC disse ainda que irá acelerar as aprovações de filmes, shows, eventos esportivos e outras apresentações, de forma a estimular gastos com esportes e entretenimento, e que irá avançar com a reforma de prédios residenciais antigos, por meio de fundos especiais e fundos de previdência habitacional, além de promover reformas em favelas de grandes cidades.

O órgão também permitirá que projetos relacionados a consumo utilizem recursos de fundos de investimento imobiliário e pediu às instituições financeiras que reduzam taxas de juros de cartões de crédito e empréstimos de consumo.

(com Estadão Conteúdo, Reuters e Dow Jones Newswires)