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SÃO PAULO – Após o dia começar com forte queda, com maior aversão ao risco após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sugerir que pode começar a reduzir suas compras de ativos antes do fim do ano, preocupações sobre possível aperto regulatório na China e avanço da variante delta do coronavírus pelo mundo, o Ibovespa reverteu as perdas e fechou em alta.
Mesmo assim, as companhias ligadas às commodities sofreram nesta sessão, com as crescentes preocupações com a produção de aço na China (tanto por medidas do próprio país quanto pelo risco da variante delta) afetando o mercado.
O minério de ferro caiu 12% e Singapura e 7% em Dalian, na China, contribuindo para a derrocada de cerca de 5% da ação da Vale (VALE3, R$ 97,51, -5,71%), que fechou abaixo de R$ 100 pela primeira vez desde abril.
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CSN (CSNA3, R$ 37,00, -5,78%) teve queda parecida, assim como a Usiminas (USIM5, R$ 17,08, -5,69%), enquanto a Gerdau (GGBR4, R$ 27,69, -3,52%) teve perdas menores, mas ainda assim acima de 3%.
A sessão também foi de perdas para os principais contratos futuros do WTI e do brent, que caíram mais de 2%, e também afetou a Petrobras (PETR3, R$ 27,16, -0,95%; PETR4, R$ 26,64, -0,56%), que teve queda entre 0,5% e 1%.
PetroRio (PRIO3, R$ 18,10, +4,75%) abriu em queda forte, mas virou e fechou com forte alta de mais de 4%. Em relatório, o BBI destacou preferência pela ação da companhia no setor de petróleo e gás no Brasil em meio ao cenário mais volátil (veja mais clicando aqui).
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Os bancos chegaram a subir no início do dia, mas amenizaram e fecharam entre perdas e ganhos, como Itaú (ITUB4, R$ 29,90, -1,29%), Bradesco (BBDC3, R$ 19,62, +0,67%; BBDC4, R$ 22,75, -0,22%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,67, +0,68%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 40,21, +0,32%).
As ações da Eneva (ENEV3, R$ 15,93, +3,91%), por sua vez, avançaram quase 4% após a companhia ter a recomendação iniciada pelo Bank of America com preço-alvo de R$ 19,00, um potencial de alta de 24% em relação ao fechamento da véspera.
Totvs (TOTS3, R$ 36,60, +5,78%) e Locaweb (LWSA3, R$ 24,36, +7,79%), por sua vez, se destacaram positivamente, com ganhos superiores a 5%, acompanhando a melhora do humor com relação ao setor de tecnologia nos EUA.
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Os ativos da Braskem (BRKM5, R$ 57,46, +5,03%) também subiram, mais de 5%. No radar da companhia, a Bloomberg afirma, citando fontes, que uma oferta pública de ações está de volta como uma possível estratégia de saída dos acionistas controladores da companhia.
A Novonor, ex-Odebrecht, contratou o Morgan Stanley para vender sua participação de 38,3% na Braskem como parte dos esforços para se recuperar após o escândalo de corrupção no Brasil, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas, pois as discussões não são públicas. A Petrobras, que tem 36,1% da Braskem, confirmou a contratação da JPMorgan. A Petrobras e a Novonor não responderam imediatamente a pedidos de comentários.
Confira mais destaques abaixo:
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Vale (VALE3, R$ 97,51, -5,71%)
Um juiz da 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte (MG) indeferiu solicitação do Ministério Público de arresto de bens das mineradoras Vale (VALE3) e BHP Group no valor dos créditos listados pela sua joint venture Samarco no pedido de recuperação judicial, de R$ 50,7 bilhões, segundo documento judicial visto pela agência internacional de notícias Reuters.
A Samarco pediu recuperação judicial em abril, pois não conseguiu reestruturar sua dívida após o rompimento de uma barragem em Mariana (MG) em 2015, que deixou 19 pessoas mortas e liberou uma onda gigante de rejeitos. Do valor total da dívida reportada pela Samarco na recuperação judicial, cerca de R$ 24 bilhões são devidos às suas donas.
Na noite da véspera, a Vale comunicou que recebeu “com surpresa”, pela mídia, a notícia de que o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MP-MG) propôs um incidente de desconsideração da personalidade jurídica da Samarco, em que solicitou que suas duas sócias fossem integradas ao processo de recuperação judicial em curso. A mineradora afirma que não foi formalmente notificada da ação, e apresentará a sua defesa no prazo legal.
Ainda no radar, a Vale informa que assinou um Memorando de Entendimento com a Ternium, no qual ambos concordaram em buscar oportunidades para desenvolver soluções para a siderurgia focadas na redução das emissões de gás carbônico.
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A Vale e a Ternium pretendem desenvolver estudos de viabilidade econômica de potenciais investimentos em (a) uma planta de briquetes de minério de ferro localizada nas instalações da Ternium Brasil; e (b) plantas para produzir metálicos com baixa emissão de carbono, utilizando a tecnologia Tecnored, HYL e outras tecnologias para a redução de ferro.
Petrobras (PETR3, R$ 27,16, -0,95%; PETR4, R$ 26,64, -0,56%)
A Petrobras retomou o processo de arrendamento do seu Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) na Bahia para a texana Excelerate Energy, única a apresentar proposta em uma licitação do ativo feita em junho.
O negócio havia sido interrompido pela desclassificação da empresa norte-americana, que recorreu e retirou do contrato os “vícios insanáveis” apontados pela Petrobras para sua desclassificação.
Ainda em destaque, a Petrobras ampliou a oferta de combustíveis para térmicas, o que permitiu aumentar, em nove meses (de setembro de 2020 a junho de 2021), a geração termelétrica de suas usinas e de clientes de cerca de 2 mil megawatts (MW) para quase 8 mil MW.
Copel (CPLE6, R$ 6,64, +2,95%)
A Copel lançou na quarta o Programa de Demissão Incentivada (PDI), em função da venda da Copel Telecom. Segundo a empresa, o PDI é estimado em R$ 80,6 milhões de indenizações, com prazo para adesão no período de 18 a 31 de agosto deste ano e com os desligamentos previstos para 15 de fevereiro de 2022.
Braskem (BRKM5, R$ 57,46, +5,03%)
A Braskem confirmou que fechou com a Nexeo Plastics uma parceria de distribuição de filamento de polipropileno (PP) e pellets para fabricação de aditivos. O acordo irá ampliar a distribuição internacional dos produtos da petroquímica para a América do Norte e Europa.
Ambipar (AMBP3, R$ 54,70, +4,19%)
A Ambipar informou que apresentou à CVM pedido de oferta pública inicial de distribuição primária de ações de sua controlada Environmental ESG Participações, que atua no segmento de soluções ambientais para gestão e valorização de resíduos pós e pré-consumo e na gestão de gases do efeito estufa e originação de créditos de carbono.
JBS (JBSS3, R$ 31,41, +3,80%)
A agência Standard & Poor’s elevou de estável para positiva a escala global da JBS, com a classificação de crédito em BB+, informou a segunda maior companhia de alimentos do mundo nesta quarta-feira.
Vinci Partners (NASDAQ:VINP)
A Vinci Partners, que abriu seu capital em janeiro deste ano na Nasdaq, fechou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 53,4 milhões, representando uma alta de 53% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seis meses, o lucro foi de R$ 100,4 milhões, um crescimento de 53% em relação ao mesmo período no ano anterior.
O Itaú BBA avalia que os resultados divulgados pela Vinci Partners relativos ao segundo trimestre de 2021 ficaram levemente acima de suas estimativas. O lucro ficou 4% acima da projeção do banco, que mantém recomendação outperform para a empresa, e preço-alvo para 2021 em US$ 18 para os papéis VINP, negociados por US$ 13 na quarta na Nasdaq.
Alliar (AALR3, R$ 13,06, +5,92%) e Rede D’Or (RDOR3, R$ 73,46, +0,11%)
A Alliar (Centro De Imagem Diagnósticos) informou que a Rede D’Or comprou mais 63 mil ações ordinárias de emissão da companhia nesta quarta-feira, 18, totalizando R$ 721,95 mil, após outras aquisições informadas na segunda e terça-feira. Até esse momento, a empresa possui 3,708 milhões de ações da Alliar.
BRF (BRFS3, R$ 23,59, +2,74%)
A companhia de alimentos BRF inaugurou na quarta-feira uma nova fábrica de salsichas localizada em Seropédica (RJ), com investimento em torno de R$ 300 milhões, atenta a uma demanda excedente pelo produto que ganhou fôlego durante a pandemia da Covid-19.
Mercado Livre (MELI34, R$ 79,65, -0,20%)
O Mercado Livre anunciou na quarta-feira acordo para ser acionista do Aleph Group com a aquisição de participação de US$ 25 milhões na empresa de mídia digital, que opera na América Latina por meio da Internet Media Services (IMS).
Dexco (DXCO3, R$ 20,76, +0,63%)
Após a alteração de seu nome, a antiga Duratex, que agora se chama Dexco, vai mudar o seu ticker na Bolsa de DTEX3 para DXCO3, com mudança que passe a valer a partir do pregão desta quinta.
Sinqia (SQIA3, R$ 23,33, +1,57%)
A Sinqia, provedora de tecnologia e inovação para o mercado financeiro, anunciou parceria com a TechRules. A parceria será por meio do Torq Ventures – programa de Corporate Venture Capital (CVC) da empresa.
A TechRules é uma empresa espanhola líder em consultoria e fornecimento de software de gerenciamento de patrimônio para entidades financeiras a nível internacional.
“Com o acordo, a Sinqia passará a oferecer soluções robustas e escaláveis, por meio de APIs para o serviço de private wealth, incluindo a gestão de grandes fortunas”, destaca a companhia em comunicado.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)
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