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As ações da Suzano (SUZB3) ficaram entre os poucos destaques de alta em um dia majoritariamente negativo para o Ibovespa, em meio à alta do dólar e elevação de recomendação pelo JPMorgan. Os ativos SUZB3 subiram 3,48%, a R$ 51,42, com Klabin (KLBN11) fechando com ganhos de 1,50%, a R$ 20,95. O dólar avançou 3,01%, a R$ 5,302 na compra e R$ 5,303 na venda: o dólar em alta beneficia exportadoras, como as empresas de papel e celulose.
Além disso, o banco americano JPMorgan destacou, em relatório, que a Suzano (SUZB3) é sua principal escolha no setor de celulose e elevou a recomendação de equal-weight (equivalente à neutra) para overweight (equivalente à compra), pois acredita que os preços da celulose ainda vão demorar para voltar a normalidade.
O preço-alvo passou de R$ 58 para R$ 67, o que representa um potencial de valorização de 34,8% frente a cotação de fechamento de sexta-feira (21) de R$ 49,69.
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Analistas explicam que uma combinação de interrupções de fornecimento, gargalos logísticos e atrasos de capacidade levou os preços da celulose a níveis históricos. O consenso de mercado é que os preços BHK da China fecharão o ano em US$ 750 a tonelada, implicando em uma correção significativa dos níveis atuais de US$ 860/t nas próximas semanas, improvável, na opinião do banco.
Para o JPMorgan, a dinâmica de oferta e demanda ainda está apertada na China, e há apetite reprimido por celulose em um cenário de normalização de preços. Além disso, o banco não descarta mais atrasos em adições de capacidade para o próximo ano.
Olhando para frente, a equipe de research do banco acredita que a velocidade de correção de preço será mais lenta do que o previsto, assim enxergam a Suzano como a melhor opção do setor.
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“Mais importante, as ações de celulose tiveram desempenho inferior aos preços da celulose e, quando impulso de ganhos para outras commodities (por exemplo, aço e mineração) se deteriorar, os ganhos de celulose devem se destacar em uma base relativa”, diz relatório.
Por fim, o banco destaca que o principal ponto negativo para Suzano é que maiores investimentos (capex) devem compensar lucros maiores. No entanto, analistas enxergam o Projeto Cerrado como agregador de valor e a empresa deve sair desse investimento relativamente alavancada (Dívida líquida/Ebitda com pico de 2,6 vezes em 2024).