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SÃO PAULO – Quem assistiu ao Visão Técnica da última sexta-feira passada (22) viu o analista Tiago Missaka, da Rocktrade, traçar um cenário bem pessimista para a Petrobras, projetando um suporte de longo prazo somente em R$ 3,08 para a ação preferencial (PETR4).
Quem seguiu a recomendação pode até ter se empolgado com a queda de 4,76% na terça-feira, mas certamente esse investidor tomou um grande susto nos dois dias seguintes, quando a ação PN da Petrobras disparou 10% na quarta-feira e chegou a subir mais de 12% na quinta-feira, antes de fechar praticamente estável. A disparada da estatal na Bolsa mudou a opinião do arrojado analista da Rocktrade? Muito pelo contrário.
Em entrevista ao InfoMoney na tarde de quinta-feira, Missaka manteve o call de venda para Petrobras. “A análise de PETR4 segue igual, isto é, em tendência de baixa até o suporte imediato (R$ 3,08)”. A mudança de viés só acontecerá se a ação atender 3 critérios que o Missaka exige em sua metodologia: A ação fechar acima da média móvel de 20 períodos; o indicador Acumulação/Distribuição fechar acima da média móvel de 20 períodos do próprio indicador; e topos e fundos ascendentes.
“Caso ocorra a perda de alguns desses critérios, entramos em tendência indefinida, com viés ainda baixista. A reversão só ocorre quando de fato reverter os 3 critérios simultaneamente”, explica o analista, que usa como base de seu plano de trades estudos quantitativos.
Então, é uma boa hora para vender?
O analista observa ainda que a disparada recente da Petrobras pode abrir uma boa oportunidade para quem não estava com uma operação de venda a descoberto aberta com a ação (veja ao final da matéria como fazer para operar vendido). Ele diz que possui dois modelos de trades que podem gerar entrada de venda em PETR4.
Confira abaixo a participação do Tiago Missaka no Visão Técnica da semana passada:
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Como operar vendido?
A diferença entre uma comprar uma ação e montar uma venda a descoberto está na expectativa da operação: quando compramos, esperamos que o papel suba para depois vendê-lo, enquanto na venda a descoberto, queremos que a ação caia para obter lucro. Para operar vendido, é preciso ter um 3º participante para “fechar” o trade – já que em uma compra normal, temos duas partes: um investidor que está comprando o papel e um que está vendendo. Na operação de venda, temos o comprador, o vendedor e o “locatário”, que é quem empresta ação para o investidor montar a operação vendida.
Resumindo a ideia: você precisa primeiro alugar uma ação no mercado para depois vendê-la, esperando que no futuro você compre este papel mais barato e devolva para o locatário. Dessa forma, o trade pode ser interessante tanto para quem opera na venda como para quem disponibiliza o papel para ser alugado (já que ele recebe uma taxa por esse aluguel).
Dois detalhes importantes: i) sempre verifique com a sua corretora qual a disponibilidade da ação que você quer alugar, pois é necessário exista uma boa quantidade deste papel no sistema de aluguel de ativos (conhecido como BTC); ii) o risco de perdas de uma operação “short” (vendida) é maior do que em uma “long” (comprada): quando estamos comprados, nossa perda máxima é 99,99% (considerando uma operação sem alavancagem), já que uma empresa nunca poderá cair mais do que R$ 0,01, ao passo que em uma venda seu prejuízo pode superar o 100%, basta que a ação duplique de valor.
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