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Ações e BDR’s da Microsoft recuam nesta quarta-feira (18) em mais um dia fraco para as Bolsas em Nova York. Mais cedo, a companhia anunciou, oficialmente, uma leva de demissões. A gigante de tecnologia confirmou que dispensará 10 mil funcionários até 31 de março deste ano.
Os papéis negociados na Nasdaq com o ticker MSFT fecharam em baixa de 1,89%, a US$ 238,21. O BDR MSFT34, recibo de ação da empresa negociado na B3, recuou 0,12%, a R$ 50,83. Os dois ativos chegaram a operar em alta nos primeiros negócios do dia, mas acabaram contaminados pela aversão ao risco dos investidores como um todo.
A empresa de softwares fundada por Bill Gates já adiantou que as demissões vão ter um impacto negativo de US$ 1,2 bilhão em custos, a ser sentido no balanço do segundo trimestre fiscal da empresa em 2023. Isso representa 12 centavos de dólar a menos no lucro por ação que a companhia for reportar no período.
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Em suas projeções, a Microsoft já vinha prevendo uma desaceleração das receitas para o segundo trimestre fiscal, para o menor nível de crescimento desde 2016.
A cifra inclui custos de rescisão e alterações no portfólio da companhia. Segundo Nadella, os funcionários da empresa nos Estados Unidos devem receber indenizações acima da média do mercado, assistência médica e um aviso prévio de pelo menos 60 dias.
Com o corte, a Microsoft vai diminuir sua força de trabalho em aproximadamente 5%. Alguns funcionários devem ser informados sobre suas demissões ainda esta semana, segundo memorando publicado no site da empresa pelo CEO Satya Nadella.
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Na mensagem, ele explica que a empresa viu seus clientes reduzirem seus gastos digitais para fazer mais com menos, ao contrário do que ocorreu na pandemia. Agora, com o agravante de expectativa de recessão em algumas partes do mundo.
“Estou confiante de que a Microsoft sairá disso mais forte e competitiva, mas isso exige que tomemos ações baseadas prioridades”, escreveu Nadella.
O CEO explicou que a empresa vai alinhar sua estrutura de custos às receitas de segmento de maior demanda por parte dos clientes.
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“É importante observar que, embora estejamos eliminando funções em algumas áreas, continuaremos contratando em áreas estratégicas importantes”, disse ele.
Na avaliação de Daniel Ives, analista de tecnologia da Wedbush Securities, disse que as demissões não foram uma surpresa. “Mais cedo ou mais tarde teria de haver cortes em áreas não estratégicas, com um cenário de desaceleração no horizonte”, afirmou.
Para Ives, Wall Street deverá continuar “aplaudindo” esse tipo de movimento das empresas para preservar suas margens.
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