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SÃO PAULO – A sessão foi de ganhos praticamente generalizados para as ações do Ibovespa, com o otimismo pela reabertura de economias ajudando a animar os mercados, apesar da cautela com os protestos nos Estados Unidos.
Com isso, as ações de aéreas e empresas relacionadas ao segmento de viagens, que tiveram forte queda em meio à pandemia, subiram forte. CVC (CVCB3, R$ 18,60, +20,00%) disparou; Gol (GOLL4, R$ 15,11, +15,70%) e Azul (AZUL4, R$ 16,75, +9,12%) também registraram ganhos, com atenção para a primeira, com alta de mais de 15%. Embraer (EMBR3, R$ 8,24, +11,20%), também uma das maiores quedas de 2020, avançou mais de 10% (na véspera, a fabricante de aviões divulgou resultado. Veja mais clicando aqui).
Empresas do setor de educação e que também caíram forte desde o início da pandemia, caso de Yduqs (YDUQ3, R$ 33,55, 12,51%) e Cogna (COGN3, R$ 6,40, +13,68%) subiram mais de 12%. Segundo o site Brazil Journal, ao longo das últimas semanas, o empresário Chaim Zaher fez uma posição nas ações das duas companhias de educação. Segundo uma fonte a par do assunto, Chaim montou as posições por meio de swaps, contratos que dão a ele exposição econômica e os direitos políticos das ações.
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O noticiário corporativo desta terça teve como destaque a Petrobras (PETR3, R$ 21,86, +4,34%; PETR4, R$ 21,40, +5,26%), com a fala do CEO apontando que a estatal tem liquidez suficiente para operar com o petróleo a US$ 20,00, além de divulga teaser de E&P na Bacia do Espírito Santo.
A recuperação dos preços do petróleo, com o brent perto dos US$ 40 à espera da extensão de cortes de produção pela Opep+, também beneficia os papéis da estatal, que também deu início ao “teaser” para a venda da participação em cinco blocos de exploração de petróleo localizados na Bacia do Espírito Santos.
As recomendações também ganharam destaque: no radar, Morgan Stanley rebaixou a underweight BR Malls (BRML3, R$ 10,42, -0,10%), Iguatemi (IGTA3, R$ 35,17, +0,34%) e Multiplan (MULT3, R$ 22,71, +1,93%). Já a Ultrapar (UGPA3, R$ 18,94, +10,18%) foi elevada a overweight pelo Morgan Stanley e viu suas ações registrarem ganhos expressivos. Confira os destaques:
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BR Distribuidora (BRDT3, R$ 22,82, +5,65%)
A BR Distribuidora informou, em fato relevante, que recebeu R$ 35,5 milhões da Eletrobras referentes a uma dívida da estatal de energia.
Esses valores são referentes à 25ª da confissão de dívida da Eletrobras. Ao todo, já foram pagos R$ 4,4 bilhões.
Ainda em destaque, os dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom) mostram que, entre as três grandes distribuidoras, apenas a BR Distribuidora conseguiu elevar sua participação de mercado.
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A participação da BR no segmento de gasolina, diesel e etanol chegou a 39% em abril, ante 38,2% em março. Já a da Raízen, no mesmo período, caiu de 31,3% para 30,7% e da Ipiranga recuou de 30,5% para 30%.
“Acreditamos que isso (recuperação da participação de mercado) possa estar relacionado à política de preços da empresa e que isso pode ter impacto nas margens do primeiro trimestre. Ainda assim, acreditamos que foi uma estratégia positiva”, disseram os analistas do Bradesco BBI.
Petrobras (PETR3, R$ 21,86, +4,34%; PETR4, R$ 21,40, +5,26%)
O barril do petróleo tipo Brent em alta deve contribuir para a valorização das ações da Petrobras no pregão desta terça-feira.
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Além disso, a companhia divulgou que deu início à etapa de divulgação de oportunidade, também conhecida como “teaser”, para a venda de sua participação em cinco blocos de exploração de petróleo localizados na Bacia do Espírito Santos. Em todos os blocos a Petrobras possui participações que ficam entre 40% e 50%.
Ainda em destaque no noticiário da companhia, o CEO Roberto Castello Branco afirmou que a empresa continuará cortando custos e vendendo ativos para proteger a saúde financeira. Em um evento online
nesta segunda-feira, Castello Branco apontou que os níveis de estoque estão baixos e a empresa vai começar a recompô-los.
Ele ainda destacou que a demanda por petróleo com baixo teor de enxofre no Brasil manteve as exportações fortalecidas durante crise. Segundo o CEO, a Petrobras não precisa de nenhuma ajuda do
governo e reiterou a necessidade de regulamentação do petróleo mais favorável aos negócios para tornar o Brasil mais competitivo.
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BR Malls (BRML3, R$ 10,42, -0,10%), Iguatemi (IGTA3, R$ 35,17, +0,34%) e Multiplan (MULT3, R$ 22,71, +1,93%)
O Morgan Stanley cortou a recomendação para os papéis de uma série de shoppings, levando em conta os efeitos que a quarentena e a reabertura parcial desses estabelecimentos terão sobre os resultados das administradoras.
Os analistas lembram que, de forma geral, os shoppings na América Latina possuem um grande número de lojistas menores e que boa parte da receita vem de restaurantes e da área de entretenimento, que deve se recuperar de forma mais lenta. “A recuperação dos padrões de tráfego de pedestres provavelmente levará anos”, avaliaram.
As recomendações do Iguatemi, BR Malls e Multiplan foram cortadas para “underweight”. Para a Cyrela Commercial Properties (CCP), a recomendação está em “overweight”.
BRF (BRFS3, R$ 23,35, -1,35%)
O Credit Suisse cortou o preço-alvo para as ações da BRF em 39%, passando de R$ 46 para R$ 28, mas mantendo a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os papéis. Os analistas destacaram o aumento do custo de capital dos acionistas como um dos motivos para o corte de preço-alvo.
Além disso, o corte na projeção do Ebitda para 2020 e 2021 também influenciou na revisão. Os analistas apontam que o dólar mais alto aumentou a projeção para a receita líquida para o biênio. Contudo, a queda do consumo de carne de frango e de porco na China e a alta dos custos dos grãos podem pressionar essa linha do balanço.
Lojas Americanas (LAME4, R$ 29,93, +2,15%)
A Lojas Americanas vai emitir R$ 500 milhões em debêntures com prazo de vencimento em três anos. Os papéis serão remunerados a CDI mais 3% ao ano.
Essa operação será feita dentro das regras das ofertas restritas, ou seja, será oferecida a um número limitado de investidores.
A companhia informou que o dinheiro levantado será utilizado para reforço de caixa.
Ser Educacional (SEER3, R$ 16,50, +7,49%)
A Ser Educacional anunciou que acessou um empréstimo de R$ 200 milhões junto à Caixa Econômica Federal por meio da emissão de cédula de crédito bancário.
O custo da operação será de CDI mais 0,19% ao mês pelo prazo de 36 meses. O contrato prevê ainda 14 meses de carência do principal e pagamento em oito prestações trimestrais após o período de carência.
IMC (MEAL3, R$ 3,94, +3,96%)
A International Meal Company, dona das marcas Frango Assado e Viena, registrou um prejuízo líquido de R$ 46,1 milhões no primeiro trimestre do ano, ante prejuízo de R$ 8 milhões nos três primeiros meses de 2019.
Os analistas do Itaú BBA avaliam que o resultado foi fraco, mas com impacto neutro para o desempenho das ações.
“A empresa está racionalizando as lojas e reduzindo as despesas de vendas, gerais e administrativas. No entanto, lojas fechadas em shoppings e tráfego reduzido em estradas e aeroportos continuarão pesando nos resultados da empresa”, ressaltaram em relatório a clientes.
Alupar (ALUP11, R$ 25,06, -0,16%)
A companhia do setor de energia Alupar registrou no primeiro trimestre do ano um lucro líquido societário de R$ 179,1 milhões, uma queda de 55,3% na comparação com igual período do ano passado.
Já a receita líquida da companhia foi de R$ 1,216 bilhão entre janeiro e março, uma alta de 6,2% se comparados aos mesmos meses de 2019. Já o Ebitda caiu 27%, para R$ 609,8 milhões.
O Credit Suisse destacou como positivo os resultados operações da Alupar. “A Alupar entrega resultados operacionais bons, com expansão da margem frente a uma performance de custo melhor que o esperado e a estratégia de alocação retornando bem para as unidades de geração”, avaliaram os analistas.
No caso dos custos adicionais, a Alupar registrou um recuo de 29,8%, boa parte devido ao efeito do custo mais baixo para a compra de energia.
Ultrapar (UGPA3, R$ 18,94, +10,18%)
O Morgan Stanley elevou a recomendação das ações da Ultrapar para “overweight”, ou seja, devem apresentar um desempenho do índice de referência. O preço alvo foi elevado de R$ 18 para R$ 21,50.
Essa elevação ocorre mesmo em um cenário de demanda mais conservador. “A pandemia em curso causou uma grande contração na demanda de combustível e é cedo para termos uma visibilidade na linha do tempo para a recuperação completa”, disseram, em relatório, os analistas.
Linx (LINX3, R$ 21,71, +0,23%), Sinqia (SQIA3, R$ 20,52, +2,86%) e Totvs (TOTS3, R$ 20,75, +1,52%)
O Credit Suisse alterou as recomendações para as empresas brasileiras da área de tecnologia. A Linx foi rebaixada para neutra, com preço-alvo sendo reduzido de R$ 42 para R$ 24.
A Linx oferece softwares para gestão de varejo e deve ser beneficiada pelo aumento das operações do comércio eletrônico, mas ainda o banco suíço espera um menor lucro. “O avanço do e-commerce deve ajudar mas cortamos nossa projeção do resultado líquido em 41% para 2020 e 37% para 2021 em função do menor crescimento do varejo e custos maiores”, justificaram.
A Sinqia também foi rebaixada para neutra, com preço alvo saindo de R$ 22 e indo para R$ 21. Já a recomendação para a Totvs foi mantida como neutra, com o preço-alvo passando de R$ 22,50 para R$ 21. “Enxergamos o business de ERP da Totvs como chave para o crescimento de curto prazo, mas lembramos que (o segmento) tem uma grande sensibilidade ao cenário macroeconômico.”
Lojas Marisa (AMAR3, R$ 8,10, +5,19%)
A Lojas Marisa está negociando com bancos a flexibilização dos parâmetros financeiros (“covenants”) em empréstimos feitos pela companhia, mas que serão descumpridos devido à piora da geração de caixa desde o início das medidas de isolamento causadas pela pandemia do coronavírus.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia explica que passou a prever o descumprimento desses índices e por isso procurou as instituições financeiras para negociar um “waiver”, que é uma espécie de pedido de perdão.
Em alguns contratos de empréstimo, a Marisa se comprometeu a limitar a relação entre a dívida líquida da empresa a 3,5 o Ebitda. Ao final do primeiro trimestre, esse índice chegou a 3,3 vezes e deve continuar subindo com a menor geração de caixa.
Suzano (SUZB3, R$ 38,42, -0,08%) e Klabin (KLBN11, R$ 19,71, +0,31%)
Os preços de celulose de fibra curta na China tiveram queda na semana (baixa de US$ 1,6 a tonelada), para US$ 468,2 a tonelada.
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