Ação da Braskem (BRKM5) cai após corte em imposto de importação de resinas; Morgan vê impacto máximo de US$ 250 mi no Ebitda

A Braskem destacou nesta quinta que três produtos da companhia foram impactados: copolímeros de etileno e alfa-olefina, resina PVC-S e resina PP

Lara Rizério

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As ações da Braskem (BRKM5) tinham queda na B3 nesta quinta-feira, após a empresa dizer que a redução de Imposto de Importação de alguns produtos petroquímicos impactará negativamente seus números no Brasil.

Os papéis PNA da Braskem tinham queda de 2,52%, a R$ 33,70, às 11h07 (horário de Brasília), a maior queda do Ibovespa, que subia 1,27% no mesmo horário.

Na noite da véspera, a Câmara de Comércio Exterior, vinculada ao Ministério da Economia, anunciou a redução do Imposto de Importação para cinco insumos industriais, incluindo resinas plásticas. O corte foi feito via inclusão dos produtos na lista de exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul.

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O órgão disse em comunicado que a redução tarifária levou em consideração problemas de abastecimento em certas cadeias produtivas e aumentos nos custos dos insumos. O governo vem realizando nos últimos meses cortes em diversas alíquotas de importação na tentativa de reduzir preços em geral.

A Braskem destacou em fato relevante nesta quinta-feira que três produtos da companhia foram impactados: copolímeros de etileno e alfa-olefina, resina PVC-S e resina PP. As alíquotas de importação caíram de 11,2% para 4,4% no caso das duas resinas, e a 3,3% para os copolímeros.

A companhia disse que a redução, em vigor a partir de sexta-feira (5) e com vigência de um ano, impactará negativamente seus resultados no Brasil, mas não detalhou em qual magnitude. A Braskem ainda afirmou que avaliará as implicações dos cortes, “incluindo a revisão e planos de investimentos operacionais e estratégicos no país”.

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A empresa também rebateu o argumento de escassez, dizendo que “atualmente não há indicativos de falta de produto” no mercado brasileiro.

O Morgan Stanley estima que o corte do imposto de importação pode levar a um impacto máximo no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 200 a US$ 250 milhões nos próximos 12 meses.

“No entanto, achamos que há uma chance muito provável de que nem todos os produtos sejam importados, o que resultaria em uma quantidade menor do que a estimativa citada”, apontam os analistas do banco. Eles destacam que o risco de redução do imposto de importação está no radar há muito tempo, mas o momento da decisão foi inesperado pelo mercado, pois tem um perfil temporário, e não de aumento de concorrência.

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(com Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.