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SÃO PAULO – A sessão desta quinta-feira (25) foi de forte queda para o Ibovespa, repercutindo a temporada de resultados e também pressionado pelas falas do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que afirmou não haver consenso dentro da autoridade monetária para um pacote de estímulos baseado em quantitative easing (programa de compra de títulos públicos para injetar dinheiro na economia).
Entre as ações de destaque, a maior queda ficou com o Bradesco. Apesar de divulgar um balanço considerado sólido, as ações do banco registraram queda de 5,5% e levaram a outras fortes baixas de bancos, como Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú Unibanco (ITUB4).
A Ambev saltou 9% na esteira da divulgação do balanço. Já os papéis do Pão de Açúcar saltaram apesar dos resultados pouco animadores em meio ao avanço no processo de reestruturação da gigante de supermercados. A Azul, por sua vez, fechou em alta após a Anac definir que os slots da Avianca serão redistribuídos a entrantes. Confira os destaques do mercado:
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) anunciou os critérios para redistribuição dos 41 slots que eram utilizados pela Avianca no aeroporto de Congonhas (SP). Eles poderão ser utilizados por empresas consideradas entrantes, ou seja, que já possuem até 54 slots. A grade beneficiada pela mudança foi a Azul, que atualmente detém 26 slots no terminal. A expectativa é que a Passaredo também entre na disputa pelos slots.
A redistribuição terá caráter provisório, até a agência revisar a decisão que suspendeu a outorga da Avianca de operar no aeroporto, que deverá acontecer no prazo máximo de um ano. A redistribuição dos slots tem vigência imediata.
Ainda no radar das aéreas, a XP manteve o otimismo com o setor e elevou os preços-alvos para as ações de ambas as companhias, possuindo recomendação de compra para a Azul com preço-alvo de R$ 60 e neutra para Gol com preço-alvo de R$ 45 (confira mais clicando aqui).
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Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras informou que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) proferiu nova decisão desfavorável em processo administrativo fiscal que trata da cobrança de CIDE-Importação sobre as remessas ao exterior para pagamento de contratos de afretamento, no ano calendário de 2010, no valor aproximado de R$ 2,7 bilhões. A Petrobras aguarda a intimação da decisão e recorrerá à Câmara Superior do CARF.
A Petrobras confirmou ainda que assinou dois contratos para venda de ativos de exploração e produção, em águas rasas nas Bacias de Campos e Santos, no valor total de US$ 1,5 bilhão, equivalentes a cerca de R$ 5,7 bilhões.
Braskem (BRKM5)
A Braskem informou em comunicado ao mercado que tomou conhecimento de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT-AL), com pedido liminar de bloqueio no montante de R$ 2,5 bilhões para garantir eventuais indenizações por danos materiais aos trabalhadores afetados pelo fenômeno geológico ocorrido em Maceió.
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Na referida ação, o MPT-AL pleiteia ainda a reparação aos trabalhadores a título de danos morais. “A esse respeito, a companhia informa que tomará as medidas pertinentes nos prazos legais aplicáveis e manterá o mercado informado sobre qualquer desdobramento relevante sobre o assunto”, diz o comunicado ao mercado.
Bradesco (BBDC4)
O Bradesco publicou um lucro líquido de R$ 6,462 bilhões entre abril e junho, cifra 25,2% superior à registrada no mesmo intervalo de 2018 e 3,6% superior à informada no primeiro trimestre deste ano. Neste trimestre, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) atingiu 20,6%, “a mais elevada dos últimos dezesseis trimestres.”
Segundo o banco, a evolução no lucro tem como origens principais: a maior margem financeira, as menores despesas com PDD (expandida), as maiores receitas de prestação de serviços e a contribuição de nossas operações de seguros, previdência e capitalização.
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O banco destacou que, pelo nono trimestre consecutivo a inadimplência acima de 90 dias, apresentou melhora, refletindo a qualidade das novas safras e os ajustes nos processos de concessão e recuperação de crédito. Desde o pico da inadimplência em março de 2017, o índice total apresentou redução de 2,4 p.p., informa o banco. A inadimplência total ficou em 3,23% ao final de junho, ante 3,27% no encerramento de março e 3,9% de um ano atrás.
Em relação aos guidances para 2019, o banco entregou no primeiro trimestre a meta para carteira de crédito expandida (9%, ante 9% a 13%), de operações de seguros, previdência e capitalização (17%, ante 5% a 9%) e margem financeira (6%, ante 4% a 8%). No entanto, ficou abaixo nos quesitos prestação de serviços (2%, ante 3% a 7%) e despesas operacionais (6%, ante 0% a 4%).
Em relatório, o Morgan Stanley destacou que o lucro do Bradesco, antes de despesas extraordinárias, ficou acima das expectativas, assim como o ROAE. O balanço trouxe mais dados positivos do que negativos, de acordo com a instituição.
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Os resultados foram impulsionados pelo forte crescimento da margem financeira e menores provisões para perdas com crédito, destaca o Morgan Stanley, ressaltado o crescimento do crédito ao consumidor, que está acelerando. No lado negativo, as taxas de cartões e gestão de ativos permanecem sob pressão e o crescimento das despesas no primeiro semestre do ano está acima do guidance.
A XP Investimentos também apontou um trimestre forte, destacando como pontos positivos o aumento da margem com clientes, queda nas despesas com provisões e aumento da receita de seguros. Contudo, o lento crescimento trimestral da carteira de crédito das grandes empresas, alta das despesas operacionais e receitas de serviços sob pressão foram destaques negativos nos resultados.
Apesar dos resultados considerados sólidos, os papéis tiveram forte queda repercutindo tanto o noticiário negativo no exterior quanto uma certa “decepção” em meio às altas expectativas com o balanço. Veja mais clicando aqui.
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Ambev (ABEV3)
A Ambev registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,712 bilhões no segundo trimestre de 2019, resultado 16,1% maior que os R$ 2,335 bilhões apurados em igual período no ano passado. Já o lucro líquido ajustado atribuído ao controlador foi de R$ 2,616 bilhões, alta de 16,8% na comparação anual.
Os resultados já contabilizam a adoção da norma contábil IFRS16, que altera a divulgação de arrendamentos. A Ambev decidiu pela adoção retrospectiva completa e reapresentou os saldos de 2018.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do período subiu 0,4%, para R$ 4,691 bilhões. Já no critério orgânico, aplicando-se taxas de câmbio constantes, o Ebitda teve crescimento de 0,3%. A margem Ebitda ajustado passou para 38,6%, de 40,6% no segundo trimestre de 2018.
Entre abril e junho deste ano, a receita líquida da companhia somou R$ 12,145 bilhões, expansão de 5,5% na comparação anual. O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 567,4 milhões, 48,5% menor na base anual.
Com isso, na primeira metade de 2019, a Ambev reportou um lucro líquido ajustado de R$ 5,474 bilhões, valor 10,9% acima do registrado em igual período de 2018. Já o Ebitda ajustado chegou a R$ 9,811 bilhões (+3,7% na base anual), enquanto a receita líquida atingiu R$ 24,785 bilhões (+7,1%).
A receita líquida cresceu no Brasil (+7,8%), na América Central e Caribe (CAC) (+11,6%) e na América Latina Sul (LAS)1 (+10,6%), e caiu no Canadá (-1,2%). No Brasil, o volume cresceu 3,6% e a receita líquida por hectolitros aumentou 4,1%.
Na CAC, o volume e a ROL/hl cresceram 5,7% e 5,6%, respectivamente. Na LAS, o volume caiu 8,9% e a ROL/hl subiu 21,2%. No Canadá, enquanto a variação do volume foi negativa (-3,4%), a ROL/hl aumentou em 2,3%.
Os analistas do Credit Suisse avaliam que a Ambev reportou resultado entre 2% a 3% acima do esperado. Entre os destaques positivos, o volume de cerveja no Brasil, com alta de 2,9% na comparação anual, os ganhos de participação de mercado no segmento premium e uma tendência animadora no Skol Puro Malte.
Em termos de margem bruta, a retração de 5,40 pontos porcentuais na comparação anual ficou em linha com o discurso da diretoria de que os períodos do segundo e do terceiro trimestre seriam os piores em termos de dinâmica de custos, destacou o relatório do Credit Suisse.
“Além disso, o crescimento da receita/HL continua saudável com crescimento de 3,7%, ao mesmo tempo em que a competição continua agressiva. O segmento de não alcoólicos no Brasil também teve resultado saudável, enquanto que Argentina e Canada continuam pressionando negativamente”, finalizou. Confira a análise sobre a disparada da Ambev clicando aqui.
GPA (PCAR4)
O GPA (Grupo Pão de Açúcar) registrou um lucro líquido dos acionistas controladores no segmento alimentar após o IFRS 16 de R$ 490 milhões no segundo trimestre deste ano, representando uma alta de 217,4% em relação ao desempenho do mesmo período do ano passado.
O Ebitda ajustado no segmento alimentar somou R$ 888 milhões, um avanço de 0,9%. A margem Ebitda ajustada ficou 6,8%, significando uma queda de 0,7 ponto porcentual. Já a margem bruta recuou 1,4 ponto porcentual, para 21,6%.
As vendas totais alcançaram R$ 14,2 bilhões, com crescimento de 11,3%. A empresa destacou que “manteve a boa tendência dos últimos trimestres, mesmo diante dos desafios do ambiente de consumo e da queda da inflação ao longo do segundo trimestre”.
Os investimentos no segmento alimentar totalizaram R$ 510 milhões, alta de 54,8%, “em função de uma maior dispersão de abertura de lojas ao longo do ano”.
No trimestre, foram abertas 3 lojas do Assaí, totalizando 148 lojas da bandeira, e outras 12 lojas estão em processo de construção. Adicionalmente, foram concluídas 13 conversões de Extra Super para Mercado Extra, totalizando 43 lojas da bandeira.
O GPA informou que o Conselho de Administração da companhia autorizou o início dos trabalhos preparatórios objetivando a migração do GPA para o Novo Mercado, considerando-se a conversão das ações preferenciais em ações ordinárias na proporção de 1:1. “Uma nova reunião do Conselho de Administração será convocada oportunamente para aprovação da proposta de migração”, destacou a empresa em fato relevante.
O mesmo documento destacou que, com base em recomendação favorável do comitê especial independente que analisa a reestruturação de suas operações na América Latina, o GPA orientou que sua subsidiária operacional Sendas Distribuidora aprove o lançamento de uma oferta pública com vistas à aquisição, em dinheiro, de até a totalidade das ações de emissão de Almacenes Éxito, sociedade de capital aberto localizada na Colômbia, ao preço de 18.000 pesos colombianos, o equivalente a aproximadamente R$ 21,20.
“A recomendação do Comitê Especial e a aprovação do Conselho de Administração levam em consideração a proposta de Casino Guichard-Perrachon de adquirir a participação indireta do Éxito no GPA pelo preço equivalente a R$ 109,00 por ação de GPA”, afirma o fato relevante.
Segundo o GPA, o pedido de autorização da OPA perante a Superintendência Financeira da Colômbia deverá ser feito se e após obtidas as devidas aprovações societárias de Éxito para venda de sua participação indireta no GPA.
O Credit Suisse destacou que o valor que o Casino irá pagar pelas ações da Éxito pelo GPA deve reduzir “significativamente as preocupações com a governança corporativa”. Segundo o documento, “quanto maior o valor pago por esse stake, menor é o valor implícito que a GPA paga pela Éxito”, escreveram, acrescentando que o GPA está adquirindo a Éxito a um múltiplo de 7,4x EV/Ebitda, “que é um bom desconto para os players listados no Brasil”. Confira a análise clicando aqui.
Carrefour (CRFB3)
O lucro líquido reportado aos controladores do Carrefour Brasil em IFRS 16 somou R$ 408 milhões no segundo trimestre de 2019, representando uma alta de 7,9% na comparação com igual período de 2018. Já o lucro líquido sem o ajuste da regra IFRS 16 subiu 11%, para R$ 419 milhões.
O Ebitda ajustado após-IFRS 16 ficou em R$ 1,117 bilhão no trimestre, alta de 19,6% na comparação anual. Sem a norma, o Ebitda ajustado somou R$ 1,053 bilhão, alta de 12,7%.
O total de vendas líquidas do Carrefour Brasil entre abril e junho cresceu 12,6%, a R$ 13,873 bilhões.
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Em relatório, o Bradesco BBI avalia como sólido o resultado do Carrefour, demonstrando “um forte impulso em todas as partes do negócio”. Dois dos principais destaques, afirmam os analistas do Bradesco, são o crescimento da expansão e o desenvolvimento do comércio eletrônico.
Os analistas destacam ainda que, do crescimento total de vendas de quase 15% do Atacadão, metade veio da expansão das lojas. Segundo o documento, o desempenho da varejista deverá seguir consistente até o final do ano, mas, apesar dos resultados, a recomendação permanece neutra.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida informou que o conselho da companhia aprovou o preço por ação de R$ 42,50 na oferta primária de ações. Dessa forma, o efetivo aumento do capital social somará R$ 2,368 bilhões, equivalentes à emissão de 55.728.000 novas ações.
Assim, o capital social passou da Hapvida de R$ 2,810 bilhões (671.958.573 de ações ordinárias) para R$ 5,178 bilhões, divididos em 727.686.573 ações ordinárias. O início da negociação das novas ações será a partir de amanhã.
Para o Bradesco BBI, o valor da oferta está praticamente alinhado com as expectativas iniciais, pois já esperávamos uma forte demanda” pelos papéis, “tendo em vista as vantagens competitivas sustentáveis da empresa e a agressiva posição de M&A em 2019”. A expectativa dos analistas é de que os recursos sejam utilizados, por exemplo, para o pagamento de aquisições e o financiamento de acordos adicionais para consolidar ainda mais o mercado de seguros de saúde.
Telefônica (VIVT4)
A Telefônica Brasil concluiu a operação de alienação dos Data Centers de Tamboré, instalado na cidade de Santana do Parnaíba (SP) e de Curitiba (PR), pelo valor total aproximado de R$ 441 milhões, para uma sociedade controlada por Asterion Industrial Partners SGEIC, S.A. “A conclusão da transação se deu após o cumprimento de todas as condições suspensivas comuns a este tipo de negociação”, diz a empresa.
EDP (ENBR3)
A EDP Brasil registrou um lucro líquido de R$ 188,960 milhões no segundo trimestre, uma queda de 17% frente ao desempenho do mesmo período do ano passado. Já o lucro ajustado – que exclui efeitos de atualização do ativo financeiro indenizável, contabilização IFRS da transmissão, venda de PCHs, Santa Fé e Costa Rica e Ressarcimento do FID em Pecém – foi de R$ 164,736 milhões, alta de 17,2%.
O Ebitda ajustado, pelos mesmo itens do lucro, somou R$ 519,055 milhões, aumento de 11,%. Já o Ebitda, sem os ajustes, recuou 6,8%, a R$ 555,757 milhões. A receita operacional líquida consolidada recuou 17,7%, para R$ 2,679 bilhões, com os gastos não gerenciáveis caindo 22,1%.
Even (EVEN3)
A construtora Even informou ontem que contratou o banco de investimentos Credit Suisse para o assessoramento no processo de venda do Hotel Fasano Itaim. No final do ano passado, a empresa anunciou que, em parceria com a marca Fasano, desenvolverá um complexo que reunirá o primeiro residencial da marca e o segundo Hotel Fasano da cidade de São Paulo, que será construído pela própria companhia e operado pelo Grupo Fasano. O Hotel Fasano Itaim contará com dois restaurantes, dois bares, áreas de eventos, business center e estacionamento.
Cosan (CSAN3)
A Cosan Limited precificou emissão de US$ 750 mi a 5,5%, segundo a Bloomberg.
(Agência Estado)