Ação da Afluente, do grupo Neoenergia, dispara 494,8% em dois dias e CVM pede explicações à empresa

O volume negociado também disparou nos últimos pregões: na última sexta, a ação AFLT3 movimentou apenas R$ 100. Hoje, o giro financeiro chegou perto de R$ 358 mil

Anderson Figo

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SÃO PAULO — As ações da Afluente Transmissão de Energia (AFLT3), do grupo Neoenergia, dispararam quase 495% nos últimos dois dias e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pediu explicações à empresa. 

Apenas nesta quarta-feira (18), o papel subiu 197,4%, passando de R$ 11,10 para R$ 33,01. Ontem, ele já havia subido 100%, indo de R$ 5,55 para R$ 11,10.

O volume negociado também disparou nos últimos pregões: na última sexta-feira, a ação AFLT3 movimentou apenas R$ 100. Hoje, o giro financeiro chegou perto de R$ 358 mil. 

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Cobrada pela CVM, a Afluente enviou um comunicado em que diz não saber o motivo da movimentação atípica com suas ações. 

“Após inquirir seus administradores, acionista controlador e todas as demais pessoas com acesso a atos ou fatos relevantes, a Companhia informa que não tem conhecimento de informações adicionais àquelas disponíveis ao mercado em geral e que pudessem justificar ou esclarecer essas oscilações”, diz a nota.

“Sendo o que cumpria para o momento, reforçamos mais uma vez nosso compromisso com as melhores práticas de governança corporativa e transparência e nos colocamos à inteira disposição da Comissão de Valores Mobiliários para eventuais esclarecimentos adicionais necessários”, completa a empresa. 

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O InfoMoney entrou em contato com a empresa, que disse que não tem informações adicionais além das que já informou à CVM. 

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A empresa

Segundo a Bloomberg, existem 63,1 milhões de ações em circulação da Afluente, que conferem à companhia, hoje, um valor de mercado de R$ 2,08 bilhões. No fim da semana passada, a empresa valia R$ 350,2 milhões.

A Afluente Transmissão de Energia opera subestações no estado da Bahia, ligadas a um total de 489 km de linhas de transmissão. Com potência instalada de 600 MVA, a empresa foi constituída em 2009, com controle do grupo Neoenergia (87,8%).

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Ela foi criada a partir da cisão de outra empresa controlada do grupo Neoenergia, a Afluente Geração e Transmissão de Energia Elétrica. Esta, por sua vez, havia sido fundada em 2005 para assumir os ativos de geração e transmissão desverticalizados da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), também pertencente ao grupo. 

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