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Abertura de Ibovespa Futuro ou S&P 500? Traders opinam sobre como operar BITFUT

Especialistas preferem fazer trade de dólar e índice no começo do pregão

Augusto Diniz

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“Mini-índice, Mini dólar ou BIT (mercado Futuro de Bitcoin): quando e porque operar cada ativo”. Esse foi o tema de um dos painéis da Arena Trader, espaço dentro da Expert XP 2024, realizada dos dias 30 e 31 de agosto, em São Paulo.

Para debater o tema, o painel contou com três grandes especialistas no trade: Martha Matsumura, analista técnica da XP, André Moraes, trader e sócio da XP, e Alison Correia, sócio da Dom Investimentos, escritório de assessoria vinculado a XP.

De olho no histórico

Martha Matsumura, que mediou o evento, comentou que é uma entusiasta do Bitcoin e que já operou bastante a moeda digital. “Tem uma volatilidade fenomenal”, diz.

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Ela conta que a criptomoeda veio com uma proposta inicial diferente de não ter correlação com o mercado tradicional. “Mas ao longo do tempo a gente percebeu que ele acompanha bastante o S&P 500 (índice composto pelas 500 maiores empresas da bolsa de Nova York)”, explica.

A trader destaca que o Bitcoin tem enorme potencial no mercado brasileiro e ressalta que ele funciona da mesma maneira que qualquer ativo da bolsa. O mercado futuro do Bitcoin, o BITFUT, é negociado na B3 a partir do mesmo horário do futuro do índice e mini-índice, às 9 horas da manhã em dia normal da semana.

“Deu 9h15, começa a ficar mais legal (operação de BITFUT)”, comenta.  Ela não vê uma mudança muito substancial de padrão ou movimentação da moeda digital a partir de 10h30, quando abre o S&P 500, apesar de existir uma correlação entre ambos. “Vejo mais o histórico noturno”, cita ela.

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Ressalta-se que, embora o BITFUT seja negociado no horário específico da bolsa brasileira, o criptoativo é comprado e vendido no mundo todo 24 horas por dia, sete vezes por semana.

De olho nas tendências

André Moraes afirma que prefere operar o Bitcoin a partir do momento em que S&P 500 abre, às 10h30 da manhã. “Ele tem sido muito direcional e a gente tem conseguido boas operações”, diz.

“O aspecto operacional do Bitcoin é importante. Não é todo momento que ele tem volatilidade, não são nos mesmos momentos da bolsa (brasileira). Mas quando se consegue acerta isso, é muito bom”, explica.

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O trader diz “adorar” operar na abertura de mercado futuro no Brasil para dólar e índice, às 9 horas. “Abertura do pregão às 10h gosto também”, complementa.

Ele afirma ser “apaixonado” por tendência na operação no mercado financeiro. “Observo alguns papéis do índice, e quando eles estão no mesmo movimento, eles trazem tendência”, afirma.

Moraes destaca que esses papéis que observa são Vale e Petrobras, que tem representatividade muito grande no Ibovespa. “Se as duas estão olhando para o mesmo lado, a chance de ter tendência no índice é muito grande. E quando elas não estão olhando para o mesmo lado, o índice tende a ficar mais tempo em consolidação”, ensina.

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De olho nos players

Já Alison Correia conta que sempre operou DI, índice e dólar. “Observo muito o fluxo (do mercado). Então, estou sempre olhando para os players, se tem institucionais (empresas que administram ativos) querendo negociar ou não”, diz.

“Sempre bato o olho na tela para ver se eles estão dispostos a entrar no jogo ou não. Se só tem robô (de operação), é um tipo de cenário que regularmente evito de me posicionar”, acrescenta.

“Então, gosto de olhar o fluxo para saber se tem tendência, se não tem tendência. O que me faz entrar no mercado é quando tem fortes movimentações, querendo distorcer preço, porque meu dinheiro está na distorção, não importa os pontos”, afirma.

Alison Correia aponta que também faz trade na abertura da bolsa, quando os players estão buscando melhor posição. “Gostei sempre de operar na abertura”, diz.

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