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 Abercrombie: o retorno da moda dos anos 1990 que faz a ação saltar 115% no ano

Os vestidos femininos e as novas tendências em jeans, incluindo pernas largas e jeans largos de cintura baixa, ajudaram a impulsionar as vendas, disse o CEO Fran Horowitz em teleconferência de resultados

Bloomberg

Sacola da Abercrombie & Fitch (Foto: Bloomberg)
Sacola da Abercrombie & Fitch (Foto: Bloomberg)

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Bloomberg — As ações da Abercrombie & Fitch dispararam mais uma vez depois que a varejista superou as estimativas de vendas do primeiro trimestre, ampliando a recuperação do grupo de moda para jovens. As ações subiram 24,32% na última quarta-feira (29), o maior ganho desde 23 de agosto de 2023, em um dia de queda dos principais índices de Nova York.

As ações da Abercrombie já eram negociadas no nível mais alto de todos os tempos e agora mais do que dobraram este ano – a valorização é de 115%. A receita aumentou pelo sexto trimestre consecutivo, chegando a US$ 1 bilhão, com o lucro melhorando em função de menos promoções e acordos de liquidação.

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As vendas nas mesmas lojas da marca homônima da Abercrombie subiram 29% no período, em comparação com uma estimativa de crescimento de 17% de dois analistas consultados pela Bloomberg. As vendas da marca Hollister, que também pertence ao grupo, aumentaram 13% em lojas comparáveis, superando a estimativa de 8%.

A Abercrombie agora espera que as vendas líquidas aumentem cerca de 10% no ano, acima da estimativa anterior de 4% a 6%, disse a empresa sediada em New Albany, Ohio, em sua divulgação de resultados na quarta-feira (29). A empresa continua a atender aos gostos em rápida mudança da geração Z e dos consumidores millennials, com ofertas ampliadas que vão de trajes de casamento a roupas de escritório.

Os vestidos femininos e as novas tendências em jeans, incluindo pernas largas e jeans largos de cintura baixa, ajudaram a impulsionar as vendas, disse o CEO Fran Horowitz na teleconferência de resultados. Na Hollister, a marca da empresa voltada para adolescentes, a divisão masculina voltou a crescer.

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Os concorrentes não tiveram tanta sorte: a VF, proprietária da Vans, da Kipling e da Timberland, divulgou na semana passada o sétimo trimestre consecutivo de queda nas vendas, com perdas em todas as principais marcas. Dylan Carden, analista da William Blair, disse que é difícil comprar a alta das ações da Abercrombie neste momento em que não está claro por quanto tempo mais a empresa poderá manter esse ritmo de crescimento. Ele classifica as ações como o equivalente a uma recomendação de manutenção.

“Acreditamos que o maior risco é simplesmente a visibilidade de quanto tempo a empresa pode sustentar seu impulso atual”, disse Carden em uma nota.

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