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SÃO PAULO – Enquanto o mundo todo acompanha de perto e tenta entender as políticas adotadas por Donald Trump na presidência, o estrategista Albert Beverly, do Société Générale, vê com bons olhos as ideias do republicano.
“Muito do que ele diz sobre a frente econômica faz todo o sentido para mim”, disse Edwards em sua última nota publicada quinta-feira (2). O estrategista afirmou que a nova administração pode ser um “pesadelo neo-liberal”, mas desconsiderando o controverso tópico envolvendo a imigração, há muita clareza no pensamento de Trump.
Edwards destaca a situação da Alemanha, país acusado pelo presidente americano por usar o euro “grosseiramente subvalorizado” para ganhar vantagens comerciais injustas com os EUA, assim como parceiros comerciais dentro da União Européia. Para ele, a menos que a Alemanha mude sua posição atual “teremos implicações enormes tanto para os mercados financeiros como para a sustentabilidade da zona do euro”.
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“Há muito tempo escrevemos que a Alemanha é um dos maiores manipuladores de moeda do mundo. A Alemanha refuta agressivamente qualquer crítica, muito menos faz alguma coisa sobre ela (ao contrário da China)”, escreveu Edwards.
O estrategista, que se autodescreve como um socialista, também afirma que o plano de Trump de retirar a regulação que afeta corporações dos EUA “soa verdadeiro”. “A competitividade das empresas dos EUA é pobre e está se deteriorando. O Banco Mundial, por exemplo, classifica os EUA com um irrisório 51º lugar no ranking de países mais fáceis para se iniciar um negócio”, escreveu ele.
“As únicas coisas em que os EUA se destacam são a capacidade das empresas de obter crédito e de resolver a insolvência”, afirma ele. Edwards descreve o país como uma nação de baixa tributação e gastos que estrangularam seu setor corporativo.
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Embora Edward seja considerado um dos estrategistas mais importantes do mundo, suas projeções nem sempre dão certo. Em setembro de 2012, ele anunciou que os EUA estavam em recessão e que Wall Street logo reagiria, e alertou ainda para uma cruz da morte “definitiva” para o S&P 500. Em vez disso, o índice continuou se recuperando. Em 2013 e 2014, ele manteve essa projeção, que nunca se concretizou.
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