9 ações afundam mais de 10% na semana e apenas 6 papéis sobem; veja os destaques

Confira os destaques acionários do pregão desta sexta-feira

Fredy Alexandrakis

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SÃO PAULO – O Ibovespa fecha nesta sexta-feira (8) uma semana de incerteza e pessimismo que ainda não mostrou sinais claros de melhora. Apesar das medidas do Banco Central e do Tesouro, que hoje finalmente passaram a fazer efeito sobre o câmbio e a curva de juros futuros, o humor da bolsa segue negativo.

Apenas seis papéis dos 64 que compõem a carteira teórica do índice apresentaram variação semanal positiva, acompanhando o clima de maior preocupação global com os mercados emergentes, e também refletindo percepção de riscos político e fiscal maiores no campo doméstico. Na ponta negativa, 9 ações afundaram mais de 10%.

Liderando as perdas ficaram os papéis da Smiles (SMLS3), que acumulou queda de 16% nos últimos 5 pregões, e a ViaVarejo (VVAR11), com um mergulho de quase 19%. Seguindo o caminho oposto, ficou a CSN (CSNA3), que, mesmo com as perdas de hoje, liderou os ganhos da semana com uma alta de quase 5%, e a Marfrig (MRFG3), que subiu 4,14%.

Confira os destaques acionários do pregão desta sexta-feira (8):

BRF (BRFS3)
A China vai impor medidas antidumping temporárias sobre a importação de frango brasileiro, anunciou o Ministério do Comércio. As medidas entram em vigor a partir deste sábado e determinam que os importadores chineses do produto brasileiro paguem depósitos de 18,8% a 38,4% do valor das compras. As medidas devem prejudicar os negócios externos de gigantes nacionais dos alimentos como a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão.

Petrobras (PETR4)
A estatal aprovou adesão à segunda fase do programa de subvenção oferecida pelo governo para incentivar agentes que atuam na comercialização do diesel a reduzir os preços do combustível e mantê-los estabilizados durante período predeterminado. Conforme informou a empresa em comunicado, a adesão a esta fase não a vincula para a fase do período remanescente, entre 1º de agosto e 31 de dezembro, objeto de regulamentação posterior.

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As ações da Petrobras tiveram recomendação alterada de “compra” para “neutra” pelo UBS. O preço-alvo caiu de R$ 25,40 para R$ 18%.

Papel e celulose

A agência de classificação de risco Moody’s avalia que a aquisição da Fibria (FIBR3) pela Suzano (SUZB3) tratá benefícios a ambas as companhias em termos de escala, tamanho e flexibilidade financeira, oferecendo também sinergias operacionais significativas. Segundo a agência, em um primeiro momento, haverá elevação da alavancagem financeira da Suzano na relação entre dívida líquida e Ebitda para algo em torno de 4 vezes a 4,5 vezes. Para os analistas, embora a compra da Fibria enfraqueça a alavancagem da Suzano, ela vai melhorar o perfil de negócios da empresa, permitindo reduzir a alavancagem para cerca de 3,0 vezes em 2020.

Nesta sessão, os papéis do setor fecharam em queda, acompanhando o forte recuo do dólar. A moeda americana responde a medidas implementadas pelo Banco Central para conter o ímpeto das altas recentes. Ontem, o presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, anunciou maior intervenção, com a realização de leilões adicionais de contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) no valor de US$ 20 bilhões. O presidente do BC não descartou adotar outras medidas de intervenção no câmbio, como o uso das reservas internacionais de US$ 380 bilhões do país para injetar dólar no mercado, ou a venda dos chamados contratos de linha.

JBS (JBSS3)
A processadora de proteína animal informou que retoma abate de bovinos gradualmente após o fim da greve dos caminhoneiros.

Usiminas (USIM5)
As ações da companhia foram elevadas a “performance igual à do segmento” pelo Scotiabank.

Brasil Pharma (BPHA3)
A companhia adiou novamente a divulgação de balanço referente ao exercício do primeiro trimestre. A nova previsão é que a apresentação dos resultados seja feita em 18 de junho.

Eletropaulo (ELPL3)
A empresa foi elevada pela Moody’s para Ba2, com perspectiva estável.

Movida (MOVI3)
A companhia emitiu R$ 450 milhões em três séries de debêntures.

Guararapes (GUAR3)
A empresa emitiu R$ 800 milhões em debêntures, com remuneração de 109,5% do CDI.

(com Agência Brasil, Agência Estado e Bloomberg)

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