7 ações devem balançar a Bovespa já na abertura do pregão desta 6ª

Entre os destaques, está a Oi, que deve seguir pressionada por conta de temores sobre investimentos da Portugal Telecom; início de produção em 3° poço de Tubarão Martelo deve refletir na ex-OGX

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com o noticiário corporativa carregado em dia de pregão reduzido na Bovespa por conta da Copa do Mundo, sete ações já devem ganhar destaque nas primeiras horas de negociação. A pressão nas ações da Oi (OIBR4) devem continuar. Nos últimos cinco pregões, os papéis caíram em quatro deles, inclusive na véspera, quando encerraram com queda de 2,76%.

Os controladores da operadora de telecomunicações brasileira estão pressionando a Portugal Telecom para encontrar uma solução para a crise gerada pela descoberta de um investimento de quase 900 milhões de euros feitos na Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo (GES), empresa que passa por dificuldades financeiras. Os sócios brasileiros nem cogitam a hipótese de arcar com uma possível perda gerada pela transação e, segundo fontes, já decidiram que se o prejuízo ocorrer irão cobrar uma redução da fatia do grupo português na CorpCo, empresa que surgirá da fusão entre as duas operadoras. 

Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) pode refletir hoje a notícia de que a estatal prevê perdas de US$ 15 bilhões entre 2014 e 2018 por conta da suspensão de contratos com a holandesa SBM Offshore  – fornecedora de plataformas acusada de pagamento de propina a funcionários da companhia. O impacto financeiro foi calculado pela própria Petrobras e apresentado em resposta a um questionamento da Controladoria-Geral da União (CGU), de acordo com documento obtido pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.  

Não perca a oportunidade!

Ex-OGX
A OGPar, antiga OGX Petróleo (OGXP3), deve refletir notícia da véspera. A petroleira informou que iniciou a produção no terceiro poço do campo de Tubarão Martelo, localizado nos blocos BM-C -39 e BM-C-40, através do poço horizontal TBMT-2HP. Segundo comunicado, “o início da produção do quarto poço no referido campo se dará após a finalização da completação superior do mesmo”. A companhia ressaltou que a ampliação do projeto de Tubarão Martelo contribui para e viabilidade de sua recuperação financeira, bem como para o sucesso de sua reestruturação. 

Qualicorp
A Qualicorp (QUAL3) merece atenção dos investidores em meio ao anúncio de novas formas de regulação do setor. Segundo a XP Investimentos, a perspectiva de ajustes e determinações através da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) pode ser encarada como uma tendência negativa para o desenvolvimento do setor, podendo causar distorções devido às intervenções, mesmo que ocorram de forma percentual. Na semana passada, o governo federal sancionou uma nova lei com o objetivo de resolver a relação entre os planos de saúde e prestadoras de serviços assistenciais. A nova regra dá poder para que a ANS defina o reajuste dos contratos caso planos e prestadores não entrem em acordo.

Copel
No radar da Copel (CPLE6), está a informação de que seu conselho de administração aprovou o encaminhamento à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) de pedido de aplicação de reajuste médio para a Copel Distribuição de 24,86%, retroativamente a 24 de junho, e para que seja diferido o restante do porcentual remanescente a ser contemplado no processo de reajuste tarifário do próximo ano.  A Aneel aprovou no último dia 24 um reajuste médio de 35,05% nas tarifas da empresa, mas concedeu efeito suspensivo a recurso apresentado pela Copel contra o porcentual.

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Gafisa
Completando o time das ações que devem agitar o pregão nesta manhã, a Gafisa (GFSA3) pode reagir à notícia de que sua divisão de baixa renda Tenda entrou na “lista suja” do Ministério do Trabalho e Emprego, que registra empregadores flagrados explorando mão-de-obra análoga à escrava no País. A companhia disse ontem que está apurando as razões que levaram a isso. Na última atualização do Cadastro de Empregadores, divulgada na quarta-feira, o MTE incluiu 91 nomes e excluiu outros 48, estes últimos por cumprimento a requisitos administrativos. Com isso, a lista passou a contar com 609 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas. A Tenda aparece duas vezes, por uma obra residencial em Juiz de Fora e por um canteiro de obras em Belo Horizonte, ambos em Minas Gerais.