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O Morgan Stanley vê uma probabilidade crescente de que empresas brasileiras listadas no exterior, mas não no Brasil, sejam incluídas no índice padrão MSCI (Morgan Stanley Capital International) Brasil se o país atender ao requisito de materialidade de listagem estrangeira.
NU, XP, Stone e JBS nos EUA estão entre os nomes mais cotados para ingressar no índice. Segundo projeções do banco, o impacto comercial combinado para NU, XP e STNE poderia ser de US$ 3,5 bilhões, ou em média 9 dias de ADTV (Volume médio diário negociado).
Por outro lado, constituintes menores do atual índice MSCI Brasil, como Carrefour Brasil (CRFB3), CPFL Energia (CPFE3), CSN (CSNA3), Engie Brasil (EGIE3) e Magazine Luiza (MGLU3) poderiam ser eliminados do índice. O Morgan estima que a saída potencial desses 5 nomes poderia ser superior a US$ 1,1 bilhão, ou em média 8 dias de ADTV combinado.
A MSCI testa regularmente o requisito de materialidade de listagem estrangeira nas suas revisões de índice, que ocorrem em fevereiro, maio, agosto e novembro. As próximas revisões do índice estão programadas para novembro de 2023 e fevereiro de 2024.
O time análise do Morgan explica que as empresas listadas apenas no exterior precisam cumprir 2 requisitos para inclusão: Seu valor de mercado ajustado pelo free float deve ser igual ou maior que a) 5,00% do índice MSCI de mercado de investimento do país (IMI) e b) 0,05% do MSCI ACWI IMI. As ações brasileiras listadas apenas no exterior atendem ao primeiro limite, mas atualmente falham no segundo em US$ 5,0 bilhões.
Por fim, analistas comentam que continuarão monitorando o desempenho das empresas brasileiras listadas apenas no exterior e acompanhando a potencial listagem da JBS nos EUA, já que ambos os eventos poderiam ajudar a fechar a atual lacuna de capitalização de mercado ajustada pelo free float de US$ 30,9 bilhões (ou seja, cerca de +16% de retorno relativo).