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Os analistas seguem revisando suas projeções para a 3R Petroleum (RRRP3) após a fusão com a Enauta.
Em relatório chamado “Não me chame de Junior”, o Itaú BBA atualizou as suas estimativas após um longo período de restrição devido à fusão entre as empresas brasileiras produtoras de petróleo e gás especializadas na recuperação de campos maduros.
Os analistas do banco possuem recomendação de “compra” para a empresa recém-combinada (por enquanto, ainda chamada de 3R) e com um novo preço-alvo de R$ 47 para RRRP3 ao fim do ano de 2025, o que implica em um potencial de valorização de 74% em relação ao fechamento de quinta.
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O banco vê a 3R sendo negociada a um FCFE yield (ou rendimento do fluxo de caixa livre para o acionista) de 3% em 2024, mas um atrativo patamar de 29% em 2025 em seu cenário base.
A expectativa é de que a nova companhia ultrapasse o nível de 110 kboed (mil barris de óleo equivalente por dia) em 2025, oferecendo uma diversidade de ativos onshore e offshore (terrestres e em alto mar, respectivamente), diferentes maturidades de campo e exposição aos mercados de petróleo e gás.
Para o BBA, isto dará à nova diretoria da empresa uma ampla gama de opções para gerenciar os ativos de forma eficiente e criar valor para os acionistas.
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A visão é de que, nos próximos meses, a nova empresa revisará seu planejamento estratégico para determinar as prioridades de alocação de capital e otimizar o portfólio de ativos. “Ressaltamos que isso pode levar a ajustes nos investimentos dos campos em comparação com os planos atuais, bem como ao possível desinvestimento de ativos não essenciais para se concentrar nos três campos principais campos (Atlanta, Papa-Terra e Potiguar)”, avaliam os analistas.
O banco pondera que a empresa poderá enfrentar desafios durante a fase de integração, mas estima um potencial fluxo de caixa livre para o acionista em níveis atraentes para os próximos anos, mesmo considerando um cenário em que a produção fique abaixo das estimativas 1P (reservas provadas) do certificado de reserva. Isso deve permitir que a 3R reduza seus custos de dívida e, ao mesmo tempo, distribua dividendos.
Novos dados da companhia
Ao citar dados da nova companhia combinada, o BBA avalia que, antes da fusão, a 3R contava com os ativos de Potiguar, com produção de 25 kboed; Recôncavo, com 9 kboed; Papa Terra, com 13 kboed; e Peroá, com 3 kboed. Após a fusão com a Enauta, a nova companhia incorporou no portfólio os ativos de Atlanta, com produção de 21 kboed e Manati, com 4 kboed.
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O BBA vê que o portfólio combinado é geograficamente diversificado, ocupando a costa do Brasil. Além disso, a produção no onshore e offshore se dá de forma equilibrada. Sobre as reservas: considerando a curva 1P do certificado de reservas, os três maiores ativos, Potiguar, Papa Terra e Atlanta, representam 87% da totalidade de 568 milhões de barris de óleo equivalente das reservas combinadas da nova companhia.