3R (RRRP3) e Enauta (ENAT3): os próximos passos da fusão após aprovação em assembleia

Acionistas de ambas as companhias aprovaram incorporação da Enauta pela 3R na véspera

Felipe Moreira

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Os acionistas da 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3) aprovaram, em reuniões separadas, a incorporação das ações da Enauta pela 3R Petroleum e uma nova composição do conselho de administração a ser nomeado após a fusão.

Como resultado, a fusão entre as empresas agora está apenas condicionada ao cumprimento dos protocolos de justificação. A partir de agora, os acionistas da Enauta receberão 0,809225 ações da 3R para cada ação da Enauta que possuírem.

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O JPMorgan comenta que a transação foi aprovada conforme esperado e é positiva, devido as sinergias financeiras e comerciais. Além disso, a nova empresa nasce com uma forte posição no cenário de consolidação. O banco reitera classificação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para 3R e preço-alvo de R$ 60.

Com a aprovação, as empresas agora aguardam aprovação regulatória, como pela autoridade antitruste CADE, o que o BBI acredita que deve ser um processo simples, dado que a fusão não representa uma concentração material do mercado, nem no segmento upstream (exploração e produção) nem no downstream (refino). Assim, o analistas esperam que seja concluída em julho ou na primeira quinzena de agosto.

Para o Bradesco BBI, a combinação da Enauta com a 3R deverá criar uma empresa bem diversificada, com um nível adequado de alavancagem e opcionalidades.

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Segundo o banco , a nova empresa quer se posicionar como uma história híbrida de valor, remunerando os acionistas ao longo de sua trajetória de expansão.

O Santander considera razoável que a fusão seja concluída entre 30 a 60 dias, após o cumprimento de certas condições e o direito de retirada da Enauta. Após o cumprimento dessas condições, os conselhos de administração das empresas realizarão uma reunião para confirmar o cumprimento, certificar o número final de ações que serão entregues aos acionistas da Enauta e Maha, e definir uma data de fechamento para a transação.

Embora acredite que é improvável que os acionistas da Enauta e 3R concordem com uma estrutura de lock-up, dadas as divergências nas estratégias entre os acionistas, o Santander acredita que muitos investidores estão olhando para o potencial de valorização a longo prazo. O lock-up é uma cláusula contratual que estabelece um período no qual os investidores não podem vender as ações de uma empresa.

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Por outro lado, o Santander destaca que a nova companhia oferece um forte rendimento de fluxo de caixa (FCF) de 45%, que — mesmo com maiores investimentos em capex para Papa-Terra, a primeira fase de Oliva e a segunda fase de Atlanta — poderia permanecer forte o suficiente para permitir rendimentos sólidos que poderiam ajudar a compensar o risco da tese de investimento.

O Santander tem recomendação de compra para 3R e Enauta, com preço-alvo de, respectivamente, R$ 48 e R$ 39.