3R (RRRP3): como foram vistos os primeiros dados de produção após fusão com Enauta?

A companhia registrou produção de 54,9 mil barris de óleo equivalente por dia em julho

Felipe Moreira

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A 3R Petroleum (RRRP3) divulgou sua primeira prévia operacional após conclusão da fusão com a Enauta. A companhia registrou produção de 54,9 mil barris de óleo equivalente por dia em julho, crescimento de 5,9% na comparação anual e de 8,6% sobre junho.

O Itaú BBA avalia a prévia como neutra, uma vez que os primeiros dados operacionais reportados pela 3R após a fusão foram mais fracos na base mensal devido às paradas previstas para manutenção e devem permanecer abaixo do potencial de produção da nova empresa em agosto, conforme o FPSO de Papa Terra passa por sua manutenção.

Segundo BBA, os dados operacionais mostram dois aspectos positivos da nova empresa: o crescimento da produção de curto prazo e a resiliência que o onshore adiciona à operação com consistentes 35 mil boepd nos últimos meses.

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Excluindo as paradas de produção, a produção seria de 73 mil barris por dia (kboepd) em julho ante os 55 mil boepd reportados no mês, e ainda há 6 mil boepd para vir com o fechamento do Parque das Conchas este ano, mais a contribuição do poço PPT-50 em Papa Terra pós-manutenção (4,5 mil bpd).

A XP Investimentos também disse ter visão neutra dos dados operacionais, apesar do ligeiro declínio mensal. Os dados de produção podem parecer menos promissores em comparação com números anteriores, como a média de 83 mil bpd do 1T24.

No entanto, a XP acredita que o mercado antecipou em grande parte esse declínio, principalmente em Atlanta e Papa Terra. Portanto, não espera uma reação significativa do mercado.

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Para a XP, o declínio da produção deve ser apenas temporário, o que nos leva a manter uma perspectiva positiva para a 3R, já que espera que a produção se recupere especialmente a partir de setembro.

O JPMorgan explica que a produção comparável de 42,9 mil boed em julho caiu 2,3% na base mensal, impulsionada pela baixa produção em Offshore e Recôncavo, além da parada para manutenção de Papa-Terra. Nesse contexto, o banco espera uma reação neutra.

O JPMorgan reitera recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 56.