3 novidades sobre Petrobras, plano de vendas da JBS e mais 12 notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (20)

Lara Rizério

(Bloomberg)
(Bloomberg)

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta terça-feira é bastante movimentado, com destaque para o anúncio do programa de desinvestimentos da JBS, o resgate de títulos da Petrobras e a data de assinatura do acordo entre Natura e The Body Shop, entre outros destaques. Confira mais notícias:

Confira os destaques:

JBS (JBSS3)

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A JBS anunciou seu programa de desinvestimentos de ativos da Companhia, estimando a entrada de recursos de aproximadamente R$ 6 bilhões, adicionalmente ao montante de R$ 1 bilhão já anunciado com a venda das operações da companhia na Argentina, Paraguai e Uruguai para a Minerva.

Os ativos que estão dentro do Programa de Desinvestimentos são: (i) a alienação da participação acionária de 19,2% na empresa Vigor Alimentos S.A.; (ii) a alienação da participação acionária na Moy Park, e (iii) a alienação dos ativos da Five Rivers Cattle Feeding e fazenda, informou a companhia.

“O programa de desinvestimentos implicará na redução do endividamento líquido e consequentemente a desalavancagem, fortalecendo a estrutura financeira da companhia”, que destacou que a alienação dos ativos está sujeita à aprovação prévia do Conselho de Administração da Companhia e à prévia anuência do BNDESPAR, conforme os termos e condições do Acordo de Acionistas, quando aplicável.

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Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou que sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF), enviou notificações com o anúncio do preço do resgate antecipado aos investidores dos títulos 2,750% Global Notes, 5,875% Global Notes e 4,875% Global Notes, todos com vencimento em 2018. O valor total do resgate equivale a aproximadamente US$ 1,84 bilhão, excluindo juros capitalizados e não pagos e considerando para os títulos em Euros a taxa de câmbio de US$ 1,1149/€. O resgate será financiado com os recursos captados pela companhia na recente emissão de títulos, concluída em 22 de maio de 2017, conforme divulgado ao mercado.

A companhia ainda afirmou que seu conselho de administração aprovou nesta segunda-feira um acordo para encerrar uma ação individual proposta perante a Corte Federal da Pensilvânia (EUA) por um grupo de afiliadas do The Vanguard Group, um dos maiores acionistas da companhia.

A empresa já havia feito acordos para encerrar outras 19 ações individuais apresentadas à Corte Federal de Nova York, apresentadas por investidores que se sentiram lesados diante das denúncias de corrupção apuradas pela operação Lava Jato. A ação judicial do Vanguard era a única ação individual proposta fora de Nova York.

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Para refletir os acordos celebrados, assim como as negociações em curso com outros autores de ações individuais, o valor total de provisões estimado passa a ser US$ 445 milhões para o segundo trimestre de 2017, ante US$ 372 milhões provisionados no resultado do exercício de 2016.

Além disso, a estatal informa o início da fase vinculante referente ao processo de cessão de sua participação no Campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, segundo comunicado ao mercado. Nesta fase do projeto são emitidas as cartas-convite para os potenciais compradores habilitados na fase anterior. Neste projeto em particular não está prevista a realização da fase não vinculante.

Natura (NATU3)

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A Natura informou que pretende assinar contrato de compra e venda de ações de emissão da The Body Shop no próximo dia 26 de junho de 2017, em Londres. No dia 9, a Natura comunicou ter realizado uma proposta para aquisição da companhia britânica em um negócio de 1 bilhão de euros (veja a análise clicando aqui).

Suzano (SUZB5)
A Suzano afirmou na segunda-feira que tem defendido o redesenho da indústria de papel e celulose e que isso pode envolver movimentos de fusão e aquisição por parte da companhia.

Em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre matéria veiculada semana passada pelo jornal O Estado de São Paulo, de que a empresa contratou Bradesco BBI e Itaú Unibanco para assessorá-la em oferta pela Eldorado, a Suzano afirmou que “permanentemente avalia e se prepara para possibilidades de fusões e consolidação”.

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Oi (OIBR4)
Em destaque sobre a Oi, está a entrevista do presidente da companhia Marco Schroeder para o G1. Segundo ele, impasse para fechar um plano de recuperação da Oi aumenta a cada dia a probabilidade de a Anatel intervir na empresa.  Schroeder disse que os credores querem mais ações, enquanto proposta da Oi é de 25% de participação de imediato, que pode subir para 38%, caso ela não consiga acelerar a amortização da dívida em 3 anos. Segundo ele, nunca houve uma contraproposta à oferta de 25%, diz o executivo na entrevista. O plano é realizar assembleia em setembro para se buscar um acordo. Para o CEO, caso acordo não seja alcançado, o tempo começa a passar, os credores poderão pedir para receber dinheiro em vez de investir; nesse momento a Anatel tem que tomar uma providência, diz ele, acrescentando se tratar, hoje, de um cenário hipotético.

Além disso, ontem, o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, disse que apoia uma eventual capitalização da Oi e acredita que esse seria o melhor caminho para a operadora de telefonia enfrentar o processo de recuperação judicial e as obrigações de investimento previstas em lei. O presidente da Oi disse em entrevista à Reuters no dia 9 que trabalha em uma proposta para levantar 8 bilhões de reais em capital novo de acionistas e investidores como forma de acelerar a saída da operadora do processo de recuperação judicial.

“Seria ótima (ideia) e só vamos aplaudir se isso acontecer”, disse Kassab a jornalistas. “Evidentemente (uma capitalização) pode favorecer a recuperação judicial e é o caminho da Oi. Se capitalizar, ter novas parcerias para que ela possa enfrentar as dívidas e o compromisso na sua modernização”, adicionou.

Triunfo (TPIS3)
A Triunfo Participações aceitou vender a fatia de 50% que tem no terminal portuário Portonave para a TIL, do MSC Mediterranean Shipping, parceiro da empresa no empreendimento. Segundo a companhia, o valor total do negócio é de R$ 1,3 bilhão.

Contax (CTAX3)

Dois contratos de financiamento originalmente contratados pela Contax junto ao BNDES, no montante de aproximadamente R$ 150 milhões, foram assumidos pelos bancos fiadores de tais operações, os quais passaram a ser credores diretos da cia. e a integrar o grupo de credores financeiros que permanece em negociação, segundo comunicado. O montante equivale a cerca de 10% do endividamento total da Contax e a transação ocorre “no contexto das negociações da companhia com seus principais credores financeiros de alternativas para fortalecer sua estrutura de capital e o alongamento de seu endividamento financeiro”. A companhia afirmou que “segue com o objetivo de, a curto prazo, obter um amplo consenso junto aos seus credores financeiros para o fortalecimento de sua estrutura de capital”.

Gol (GOLL4)
A Gol melhorou nesta segunda suas previsões de margem de resultado para 2017, após concluir que os preços dos combustíveis devem subir menos que o esperado neste ano. A previsão de margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) para o ano passou da faixa de 11% a 13% para 12% a 14%. A previsão do Ebit (lucro antes de impostos e depreciação, em inglês), subiu do intervalo de 6% a 8% para o de 7% a 9%.

“Os custos com combustíveis devem crescer menos do que previamente esperado devido ao menor aumento projetado para os preços do petróleo”, afirmou a companhia em fato relevante.

Além disso, a Gol teve cobertura iniciada pelo Safra com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 10,00.

Cosan (CSAN3)

Segundo fonte ouvida pela Bloomberg, a maioria dos credores aceitou a proposta de Raízen, joint Venture de Cosan-Shell, de R$ 823 milhões para comprar as duas usinas de cana-de-açúcar pertencentes ao grupo em recuperação judicial Tonon Bioenergia. Os credores aceitaram a oferta sob a condição de que a Raízen retire as pré-condições feitas na proposta original, disse a pessoa. A Raízen disse por e-mail para a agência que está aguardando os “trâmites legais para dar continuidade ao processo”. Tonon não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Bloomberg.

Prumo (PRML3)

A Prumo convocou assembleia para 11 de julho para discutir OPA (Oferta Pública de Aquisição).

Copel (CPLE6)
A Companhia Paranaense de Energia anunciou na segunda um aumento na previsão de investimentos para este ano para R$ 2,88 bilhões, ante R$ 2,03 bilhões anteriormente.

A previsão de investimentos da Copel Geração e Transmissão quase dobrou para R$ 1,02 bilhão. “Essa suplementação tem como objetivo atender demandas regulatórias e prazos contratuais, de modo a preservar o fluxo de recursos previsto para tais empreendimentos”, disse a empresa em nota.

Santander (SANB11)

O Grupo Santander teve aval do Cade para adquirir, indiretamente, 50% das ações de SAM, que são atualmente detidas por Sherbrooke, e reassumir, indiretamente, 100% do capital social do negócio. Sherbrooke é detida pelas afiliadas da Warburg Pincus e da General Atlantic. Especificamente no Brasil, a operação envolverá a SAM Brasil, Santander Brasil Asset Management DTVM e Santander Brasil Gestão de Recursos, subsidiárias da SAM no Brasil, segundo documento do Cade. A operação representa o desfazimento de uma parceria anteriormente aprovada em 2013, segundo o Cade.

CSN (CSNA3)

Benjamin Steinbruch renunciou ao cargo de conselheiro de administração da Transnordestina. Para o seu lugar, foi indicado Pedro Brito.

Construtoras

A Caixa Econômica Federal suspendeu novamente as contratações de novas operações da linha de crédito Pró-Cotista, que destina recursos para a aquisição de imóveis com juros menores a pessoas que têm conta vinculada ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo o banco, a suspensão foi “em razão do comprometimento total do orçamento disponibilizado pelo Conselho Curador do FGTS para o exercício de 2017”.

O financiamento já havia sido suspenso em maio, também por falta de recursos, mas o Ministério das Cidades remanejou R$ 2,54 bilhões para a linha e os empréstimos foram retomados. A linha Pró-Cotista pode ser contratada por trabalhadores com pelo menos 36 meses de vínculo com o FGTS. Também é preciso ter saldo na conta do FGTS de pelo menos 10% do valor do imóvel e estar trabalhando. A taxa de juros é de 8,66% ao ano.

(Com Bloomberg, Agência Estado, Agência Brasil e Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.