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Com a taxa de juros acima de 5% nos Estados Unidos, investidores institucionais e estrangeiros dão preferência aos títulos públicos norte-americanos em detrimento de ações de países emergentes. Como reflexo do movimento, o Ibovespa recuou. O principal índice da Bolsa fechou o primeiro semestre do ano em queda de 7,66%. Se, por um lado, o fato gera cautela entre os investidores, por outro o cenário pode trazer oportunidades.
“Das 83 empresas que compõem o Ibovespa, 27 estão com o valor de mercado igual ou abaixo do valor patrimonial. Muitas dessas companhias têm operações consistentes e apenas estão com o preço das ações descontado. O cenário pode se traduzir em oportunidades para o investidor que opera na Bolsa com foco no longo prazo — e a análise fundamentalista é um caminho assertivo para ajudar na tomada de decisão”, diz Filipe Ferreira, diretor da Nelogica e responsável pela Comdinheiro.
Análise fundamentalista
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Utilizada por investidores para avaliar a saúde financeira e a capacidade de crescimento das empresas, a análise fundamentalista se baseia em informações financeiras e contábeis que devem ser olhadas junto com as perspectivas do setor em que a empresa atua. Trata-se de uma das principais formas de avaliar o potencial de retorno de uma ação.
Um papel pode estar muito barato, por exemplo, por conta de oscilações no mercado, mas o desempenho operacional do negócio pode seguir vigoroso. A análise dos fundamentos é capaz de apontar respostas para perguntas como essa e permite uma avaliação do potencial da companhia de entregar resultados no longo prazo.
“A ideia é que, no longo prazo, o preço da ação convirja para o valor. Então, comprar empresas baratas pode ser uma oportunidade de receber os fluxos de caixa de um negócio saudável, por um preço melhor do que o justo. E ainda, eventualmente, surfar o reajuste do papel”, afirma Ferreira.
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A avaliação do valor justo dessas companhias se baseia em demonstrativos financeiros e pode ser feita por meio de indicadores da análise fundamentalista. Abaixo, listamos alguns desses parâmetros.
3 indicadores-chave da análise fundamentalista
O Índice Preço sobre Lucro ou ‘price-to-earnings’ (IPL ou P/E) é calculado como o preço da ação dividido pelo lucro por ação. Trata-se de uma análise que é vista como como uma espécie de payback da companhia: quanto menor, indica que a empresa se paga mais rapidamente com seus lucros. “Empresas com esse indicador muito alto, podem ser vistas como de alto crescimento, mas também são encaradas por fundamentalistas como caras”, destaca Ferreira.
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Já o preço sobre valor patrimonial da ação ou price-to-book (P/VPA ou P/B) é o indicador de fotografia da ação, uma vez que coloca o valor de mercado contra o seu valor do balanço contábil. “Quando uma empresa tem um bom P/B, o investidor pode considerar que se houver um problema sério no negócio, a venda dos ativos paga os acionistas”, pontua Ferreira.
Outro indicador-chave é o Retorno sobre Patrimônio (ROE), que mede a capacidade de uma empresa de gerar lucro a partir do capital investido pelos acionistas. “Em um cenário macroeconômico delicado como o que estamos observando – em meio à taxa básica de juros alta – o impacto na operação pode ser limitado: em geral, as empresas não estão apresentando grande crescimento, mas tendem a manter a solidez da operação. O ROE mostra justamente isso”, diz Ferreira.
Plataforma Comdinheiro
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Todos os dados do balanço das companhias são públicos e podem ser acessados nos sites de Relação com Investidores. “No entanto, para fazer uma avaliação comparativa de todas as empresas do Ibovespa, seria preciso meses de dedicação exclusiva”, diz Ferreira. “Na Comdinheiro, é possível observar em segundos, com poucos comandos, todos esses números”, completa.
São ferramentas como essa que gestores usam para tomar decisões. A plataforma também permite comparar dados de empresas do mesmo setor, e possibilita simulações de estratégias com base em dados históricos.
Mais informações sobre a plataforma da Comdinheiro podem ser acessadas no site.