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O ano de 2022 começou com grandes motivos para se estar otimista com o mercado de metais e mineração na Bolsa. Ao menos essa é a avaliação do Bradesco BBI, que cita as preocupações com o crescimento chinês amplamente precificadas e os principais indicadores apontando para um crescimento global acima do esperado este ano.
Em relatório divulgado na segunda-feira (17), o analista Thiago Lofiego defende que o crescimento da economia global deve permanecer robusto após a pandemia, conforme indicado pelos índices PMIs recentes.
Segundo ele, a adoção pela China de políticas pró-crescimento – com maiores estímulos monetários e aceleração do crédito no horizonte –, também suporta uma visão positiva. Somam-se a isso ainda os gastos da potência asiática com infraestrutura, que devem ser outra avenida de crescimento para o setor, destaca.
Lofiego chama atenção ainda para as notícias negativas do setor imobiliário chinês já no preço dos ativos, além de valuations atrativos para as ações do setor na América Latina.
Neste cenário, Usiminas (USIM5), Gerdau (GGBR4) e CBA (CBAV3) são as principais apostas do banco na Bolsa brasileira para surfar o cenário positivo.
Entre os principais motores para o bom desempenho de Usiminas, o Bradesco BBI cita as negociações anuais com fabricantes de veículos, com aumento de 60% a 70% nos preços dos contratos, o que é positivo para a companhia e deve, segundo o analista, suportar bons ganhos para as ações.
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O banco tem recomendação outperform (performance acima da média) para os papéis USIM5 e preço-alvo de R$ 27 por ação – um potencial de alta de 54% ante o fechamento anterior.
Para Gerdau, as justificativas recaem sobre a diversificação geográfica de atuação da companhia, garantido mais proteção diante de um ambiente mais volátil no Brasil por conta das eleições presidenciais.
Além disso, as margens dos EUA podem ser uma fonte de risco de alta em 2022, avalia Lofiego, principalmente porque os preços dos aços longos continuam sendo negociados em níveis historicamente altos, enquanto a demanda permanece sólida.
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O Bradesco BBI tem recomendação outperform para as ações GGBR4 e preço-alvo de R$ 43, o que implica potencial de alta de 54% ante o último fechamento.
Já com relação à CBA, as expectativas são positivas para os preços do alumínio no ano, dados os custos mais elevados de energia na Europa e uma menor produção na China, bem como uma demanda sólida da commodity no Brasil.
Uma estratégia orgânica e inorgânica de crescimento também é citada como positiva pelo banco, que tem recomendação outperform para os papéis da companhia e preço-alvo de R$ 20 – upside de 34%.
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Vale e CSN também no radar
De acordo com o analista do BBI, as siderúrgicas oferecem uma assimetria interessante: fundamentos sólidos globalmente (recuperação da demanda e capacidade restrita na China), valuations deprimidos, posicionamento leve dos investidores e riscos de alta para as estimativas do mercado.
Entre as produtoras de ferro, os analistas avaliam que Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) podem continuar entregando bons desempenhos em meio à disrupções da cadeia de suprimentos no Brasil e o reabastecimento na China, uma vez que isso se traduz em um mercado de minério de ferro mais apertado.
O banco tem recomendação de compra para as três companhias e preço-alvo estimado em US$ 20, R$ 43 e R$ 9,50, respectivamente.
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Ainda no radar de mineração, as operações em Minas Gerais de CSN Mineração, Usiminas (MUSA) e Vale retomaram gradualmente suas operações no início desta semana, após uma semana de paralisação.
A Usiminas retornou a Barragem Central da MUSA ao nível não emergencial e a Vale elevou o protocolo de emergência na Barragem Área IX (de nível 1 para nível 2) e no dique de Elefante (início do protocolo de nível 1).
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