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Além do público-alvo de maior renda, a Track & Field (TFCO4) também aposta nas franquias para manter o crescimento em 2022, apesar do cenário macroeconômico mais desafiador no país, com inflação e juros altos e perda do poder de compra dos consumidores.
Das 39 lojas que a companhia abriu no ano passado, todas tratavam-se de franqueadas. Segundo o CEO, Frederico Wagner, as franquias são bastante relevantes para o modelo de negócio da varejista. “Elas são o centro do nosso negócio. 80% das nossas lojas funcionam através de franquias”, disse em live do InfoMoney.
A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
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Para os próximos anos, a expansão deve se basear no mercado local. As lojas de rua, de acordo com o CFO e diretor de relações com investidores, Fernando Tracanella, tendem a ganhar uma participação maior.
A Track & Field planeja a entrada ou a consolidação em cidades de pequeno e médio porte, através de franqueados, e em cidades fora do estado de São Paulo, onde atualmente se concentra a maioria das lojas.
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No momento, planos de expansão para fora do país estão descartados, por conta de fatores relacionados à demanda interna, complementou Wagner.
O CEO avaliou como pequeno o efeito do aumento nos preços dos insumos no início deste ano, se comparado com períodos anteriores. Segundo Wagner, 80% dos produtos vendidos pela Track & Field são produzidos internamente, então têm menos impactos inflacionários, o que é um fator favorável em relação aos preços.
Outro ponto que favorece a companhia, para Tracanella, é ter um perfil de consumidor de renda mais elevada e, por isso, menos suscetível a oscilações na economia.
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M&A e dividendos
Os executivos descartaram a possibilidade de adquirir outras companhias em manobras de M&A e revelaram que, a longo prazo, é possível que a Track & Field altere sua política de remuneração ao acionista, que atualmente está no mínimo obrigatório por lei, de 25% do lucro líquido.
“Uma vez que o grande pilar do nosso negócio é o modelo de franquia, isso permite que a gente reveja o pay out ao longo do tempo. No curto prazo vamos manter em 25%, mas existe a possibilidade de ela ser revisada para cima”, disse Tracanella.
Os executivos também falaram sobre as mudanças que a pandemia trouxe na operação da empresa, o impacto do e-commerce e em quais segmentos a Track & Field pode direcionar esforços para atender ao consumidor. Eles apontaram ainda os riscos que o cenário macroeconômico e geopolítico mundial pode representar ao negócio. Asissta à live acima, ou clique aqui.
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