A LINK é a criptomoeda nativa da Chainlink, uma plataforma de software que conecta blockchains com dados externos, conhecidos como “oráculos”. No jargão cripto, um oráculo é a tecnologia que traz dados do mundo real, obtida da Internet, para dentro de uma blockchain.
Embora as blockchains sejam incrivelmente eficientes no armazenamento e registro de dados, elas não podem enviar ou receber dados de qualquer fonte externa. Um blockchain típica só pode ler e receber dados considerados “on-chain” (dentro da rede).
Uma blockchain é como um computador desconectado da Internet. Por um lado, seu isolamento torna seus dados mais seguros e confiáveis. Por outro, é limitado em sua capacidade de se comunicar com qualquer coisa fora do próprio computador. Assim como o computador desconectado, uma blockchain também é um sistema isolado.
Se a blockchain é um computador, os oráculos seriam como Wi-Fi ou acesso à Internet – que facilitam as comunicações entre blockchains com sistemas “off-chain”, como interfaces de programação de aplicativos (APIs), dispositivos de internet das coisas (IoT) e provedores de dados.
Os oráculos não apenas permitem que uma blockchain escute e receba dados de sistemas off-chain (fora da blockchain), mas também que ela transmita, produza e valide dados on-chain para redes não-blockchain.
O que é Chainlink?
A Chainlink é uma coleção desses sistemas de comunicação off-chain que podem ser acessados por outras blockchains. De muitas maneiras, a Chainlink é uma Internet para blockchains. Como foi projetada para ser independente, pode fornecer dados externos on-chain e do mundo real para contratos inteligentes em qualquer rede.
A rede de oráculos da Chainlink pode ser usada para obter quaisquer tipos de dados, desde o clima até os resultados das eleições presidenciais.
Descentralização
Quando a Chainlink foi lançada em 2017, o white paper original do projeto previa um sistema centralizado de oráculos para verificar as informações recebidas. Em abril de 2021, no entanto, o projeto realizou a transição de um sistema centralizado para uma rede descentralizada.
A Chainlink é agnóstica, o que significa que não opera sua própria blockchain ou trabalha apenas dentro de outra blockchain. Em vez disso, o protocolo é executado em várias blockchains diferentes simultaneamente e conta com incentivos para seus participantes fornecerem e usarem dados da Chainlink em seus contratos inteligentes.
Token nativo da Chainlink
O token LINK fornece o principal mecanismo de incentivo para os usuários participarem da rede descentralizada de oráculos da Chainlink. Trata-se de um token no padrão ERC-20 construído na blockchain Ethereum. Assim como o Ethereum, a LINK usa o protocolo de consenso de prova de participação, mas em um modelo que obriga os participantes a executarem seus próprios nós (computadores verificadores) e a fornecerem dados a contratos inteligentes para receber tokens LINK como recompensa – ou seja, não basta simplesmente depositar tokens e lucrar, como no Ethereum.
A criptomoeda LINK é usada em corretoras cripto para serviços de dados e staking de nós validadores e, por isso, é usada como meio de pagamento e como token de trabalho. Além disso, tem um limite de capitalização de 1 bilhão de tokens que são distribuídos como recompensas pelo trabalho de validação dos operadores de nós.
Em setembro de 2017, quando o token foi lançado, um bilhão de tokens foram criados – desses, cerca de 35% foram alocados para uma venda pública a um preço de US$ 0,09 a US$ 0,11, levantando US$ 32 milhões.
O preço da LINK nunca ultrapassou mais de US$ 1,30 por quase dois anos após o lançamento. Então, em 2019, após uma enxurrada de novas parcerias com Google Cloud, Polygon Network e Reserve, o preço da criptomoeda disparou 489%, para US$ 5. Outra série de parcerias anunciadas em agosto de 2020, incluindo uma com a Provide, fez o preço da LINK subir acima da marca de US$ 20 pela primeira vez.
Entre dezembro de 2020 e maio de 2021, o preço da criptomoeda da Chainlink aumentou mais de seis vezes e atingiu um recorde histórico chegando a US$ 52,88.