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A Embraer e o governo português assinaram um contrato para a venda de cinco unidades do KC-390, o maior avião já produzido no Brasil. Os exemplares serão destinados para a Força Aérea Portuguesa (FAP).
O negócio tem valor estimado em 827 milhões de euros (US$ 917 milhões, ou R$ 3,7 bilhões) e inclui não apenas os cinco aviões (avaliados em US$ 85 milhões por unidade), mas também toda uma estrutura de suporte, serviços, manutenção e treinamento, além de simuladores de voo.
Projetado pela Embraer em parceria com empresas de Portugal, Argentina e República Tcheca, o KC-390 é produzido em Gavião Peixoto (SP). O primeiro protótipo voou em 2014, e a certificação final veio em 2018.
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A produção seriada já começou e a primeira unidade será entregue ainda em 2019 para a Força Aérea Brasileira, que em 2014 fez uma encomenda de 28 exemplares.
Na FAB, o KC-390 irá substituir os veteranos C-130 Hércules, ainda em uso em diversas Forças Aéreas do planeta. A Embraer estima que o potencial de vendas do segmento seja de até 700 unidades nos próximos dez anos.
Com capacidade para transportar até 26 toneladas de carga, incluindo veículos militares e helicópteros, o KC-390 tem autonomia máxima de 6 mil quilômetros a uma velocidade de 850 km/h.
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Capaz de decolar e pousar em pistas curtas e não-pavimentadas, o cargueiro também pode desempenhar missões de resgate, evacuação aeromédica, lançamento de paraquedistas e cargas aéreas e reabastecimento em voo.
A Embraer Defesa & Segurança é a área de defesa da empresa brasileira. A partir do ano que vem, ela fará parte de uma joint-venture com a Boeing, na qual 51% das ações ficarão com os brasileiros.
Já a área de jatos comerciais (civis) da Embraer foi fundida com a Boeing e ganhou outro nome, Boeing Brasil – Comercial, com 80% das ações sob controle americano.
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A fusão com a Boeing foi anunciada em 2018 e aprovada no último mês de janeiro. Em anos recentes, a Embraer teve redução nas encomendas e entregas de aviões e viu sua principal concorrente no setor de jatos comerciais médios, a canadense Bombardier, ser absorvida pelo conglomerado europeu Airbus.
Além das polêmicas a respeito do acordo com a Boeing, a crise pela qual a empresa passa desde os acidentes com o 737 Max tiveram impacto indireto no desempenho da Embraer na Bolsa.
Desde o início de 2019, as ações EMBR3 tiveram queda de -16,05% na Bolsa. No pregão de hoje, o ativo permaneceu estável, com leve alta de 0,05%.
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