Yellen: autoridades discutem maneiras de acionistas contribuírem com capital do Banco Mundial

Entretanto, a autoridade lembrou que apenas o financiamento de bancos multilaterais de desenvolvimento não será suficiente para atingir todas as metas

Estadão Conteúdo

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A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou nesta terça-feira, 10, que autoridades estão discutindo maneiras de acionistas contribuírem com capital do Banco Mundial, durante a Reunião Anual da instituição e do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta semana, em Marrakesh.

Em discurso, Yellen defendeu que entregar “uma agenda mais complexa” de melhorias que inclua metas de redução da pobreza, fortaleça o crescimento econômico e resolva desafios globais requer impulsionar capacidade financeira do Banco Mundial e de outros bancos multilaterais de desenvolvimento. Progresso que deve ocorrer “em breve”, na visão dela.

“Nesta semana, autoridades aprovarão uma plataforma de garantia de portfólio para oferecer aos acionistas maneiras de contribuir e estabelecer bases para emissão de capital híbrido, essencial para otimizar os balanços patrimoniais do Banco Mundial e aumentar sua capacidade de concessão financeira”, revelou Yellen, acrescentando que o G20 também está comprometido a mobilizar mais recursos. A secretária afirmou ainda que espera ampliar colaboração em reformas da arquitetura financeira internacional sob a presidência do Brasil no G20.

Entretanto, a autoridade lembrou que apenas o financiamento de bancos multilaterais de desenvolvimento não será suficiente para atingir todas as metas, o que exige suporte a outros meios de investimentos – por exemplo, por meio do setor privado – e demanda “mudanças adicionais” no FMI também. “Queremos garantir que o FMI tenha recursos suficientes, com um aumento equitativo e proporcional nas cotas e redução na dependência de recursos emprestados”, comentou.

Porém, Yellen reiterou sutilmente a resistência dos Estados Unidos em ampliar a participação de rivais, como a China, ao afirmar que o apoio a uma reformulação das cotas para refletir a economia global só poderia acontecer “com base em uma estrutura de princípios compartilhados”.