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O volume total da operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceu 0,9% em novembro ante outubro e alcançou R$ 5,7 trilhões, informou nesta quinta-feira (4) o Banco Central do Brasil.
Segundo o BC, esse resultado decorreu de expansões de 0,8% na carteira de crédito destinado às empresas, que somou R$ 2,2 trilhões, e de 0,9% no crédito às famílias, num total de R$ 3,4 trilhões.
Em relação a novembro de 2022, o volume das operações de crédito do SFN se manteve em trajetória de desaceleração, com crescimento de7,1% em novembro, ante os 7,5% observados até outubro.
Nessa base de comparação, os estoques de crédito destinados às pessoas jurídicas e às pessoas físicas registraram menor ritmo de expansão, com altas respectivas de 3,9% e 9,2%, ante avanço de 4,2% e 9,8% no mês anterior.
O estoque das operações de crédito com recursos livres somou R$ 3,3 trilhões em novembro, com altas de 1,0% no mês e de 5,0% em doze meses. No crédito às pessoas jurídicas, o crédito livre totalizou R$ 1,4 trilhão, com elevações de 0,9% no mês e de 1,2% em 12 meses.
Segundo o BC, destacaram-se as expansões em “outros créditos livres” (+ 8,8%), desconto de duplicatas e outros recebíveis (+4,2%), e cartão de crédito total (+7,0%).
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O estoque do crédito livre às pessoas físicas cresceu 1,1% no mês e 8,0% em doze meses, impulsionado pelas operações de cartão de crédito à vista (+3,6%), aquisição de veículos (+1,8%) e crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (+1,3%).
Já o crédito direcionado atingiu R$ 2,3 trilhões em novembro, com incrementos de 0,7% no mês e de 10,2% em doze meses. O crédito direcionado às empresas, com saldo de R$ 798,5 bilhões, cresceu 0,7% no mês e 9,1% em doze meses. No crédito direcionado às famílias, com saldo de R$ 1,5 trilhão, as altas foram de 0,6% e 10,8%, na mesma ordem.
As concessões nominais de crédito alcançaram R$ 547,9 bilhões em novembro, com avanço de 2,0% no mês. Nas séries sazonalmente ajustadas, as concessões totais cresceram 0,9% no mês, com avanços de 1,8% nas concessões às empresas e de e de 1,2% às famílias.
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No acumulado em doze meses até novembro, as concessões nominais registraram alta de 4,3%, crescendo 0,2% no segmento de pessoas jurídicas e 7,8% no de pessoas físicas. As concessões médias diárias em novembro avançaram 7,1% em relação ao mês anterior.
Taxa, spread e custo médio
A taxa média de juros nas novas contratações recuou 0,5 ponto percentual. no mês e 1,5 p.p. em doze meses, situando-se em 29,5% anuais. O spread bancário das novas contratações atingiu 20,4 p.p., com diminuição de 0,2 p.p. no mês e acréscimo de 0,1 p.p. em relação a novembro do ano anterior.
No crédito com recursos livres, a taxa média de juros situou-se em 41,8% a.a. em novembro, com reduções de 0,8 p.p. no mês e de 1,2 p.p. em doze meses.
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Nas operações com as empresas, a taxa média situou-se em 22,2% a.a., com quedas de 0,6 p.p. no mês e de 1,0 p.p. em 12 meses. Contribuíram para esse resultado, as reduções nos juros de desconto de duplicatas e outros recebíveis (-1,1 p.p.), capital de giro com prazo superior a 365 dias (-0,3 p.p.) e antecipação de faturas de cartão de crédito (-0,6 p.p.).
No crédito livre às famílias, o custo médio alcançou 54,9% a.a., com reduções de 1,2 p.p. no mês e de 2,4 p.p. em doze meses. Destacaram-se os recuos em cartão de crédito total (-6,6 p.p.), financiamentos para aquisição de veículos (-0,2 p.p.) e crédito consignado total (-0,1 p.p.).
O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do SFN, se manteve estável em novembro em 22,1% a.a. e registrou expansão de 0,5 p.p. em 12 meses.
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Inadimplência e endividamento
A taxa de inadimplência do crédito total diminuiu 0,1 p.p. em novembro, atingindo 3,4%. A inadimplência do crédito às pessoas jurídicas aumentou 0,1 p.p., enquanto a de pessoas físicas recuou 0,1 p.p., situando-se, na ordem, em 2,9% e 3,8%.
No crédito livre, a inadimplência também diminuiu 0,1 p.p. situando-se em 4,8%, refletindo principalmente, a redução de 0,2 p.p. no crédito livre às famílias, que alcançou 5,7%. No crédito livre às empresas, a inadimplência aumentou 0,1 p.p., atingindo 3,6% em novembro.
Já o endividamento das famílias situou-se em 47,6% em outubro, nível mais baixo desde setembro de 2021, quando se situou em 47,5%, com reduções de 0,1 p.p. na comparação com o mês anterior, e de 2,1 p.p., comparativamente a outubro de 2022. O comprometimento de renda igualmente recuou 0,1 p.p. no mês, diminuindo 0,5 p.p. em 12 meses, ao atingir 27,2% em outubro.