Volume de serviços no Brasil decepciona e cai 0,9% fevereiro

O consenso LSEG previa alta de 0,2% em fevereiro ante janeiro e crescimento de 4,5% na comparação com igual período de 2023

Roberto de Lira

Confiança com situação atual do setor de serviços está no menor nível desde maio de 2023
Confiança com situação atual do setor de serviços está no menor nível desde maio de 2023

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O volume de serviços no Brasil caiu 0,9% em fevereiro, após ter registrado alta 0,7% em janeiro, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa mostrou, ainda, crescimento de 2,5% no confronto contra fevereiro de 2023. No acumulado do primeiro bimestre de 2024, o volume de serviços cresceu 3,3% frente ao mesmo período do ano passado. O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,2%.

A queda interrompeu uma sequência de três resultados positivos consecutivos do indicador, período no qual acumulou um ganho de 1,5%.

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O consenso LSEG previa alta de 0,2% em fevereiro ante janeiro e crescimento de 4,5% na comparação com igual período de 2023.

Quatro das das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE mostraram desempenho negativo no mês: a atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares recuou 1,9%, enquanto o setor de informação e comunicação encolheu 1,5%. As demais atividades com recuo em fevereiro foram transportes (-0,9%) e outros serviços (-1,0%)

Apenas as atividades de serviços prestados às famílias registraram variação positiva, de 0,4%, o que não recupera a queda de 2,9% em janeiro.

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Explicações para a queda

Segundo Luiz Almeida, analista da pesquisa, houve no mês um movimento de compensação após meses de alta. Os serviços profissionais, administrativos e complementares, por exemplo, tinha crescido forte em janeiro por conta do pagamento de precatórios, que influenciou nas atividades jurídicas.

“Como não houve essa receita em fevereiro, acontece esse retorno ao patamar anterior”, explicou. Os serviços de aluguel de máquinas e de locação de automóveis também contribuíram para a queda nesse grupo.

 No caso do setor de informação e comunicação, que perdeu parte do ganho de 3,6% dos últimos quatro meses, as principais influências vieram de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, e de edição integrada à impressão de livros. Nesse caso, o fim da preparação para o início do ano letivo gerou o arrefecimento do mercado, justificou o pesquisador.

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Turismo

O índice de atividades turísticas recuou 0,8% em fevereiro, na comparação com janeiro, no segundo revés seguido, que gerou perda acumulada de 1,8%.

Regionalmente, houve equilíbrio, com seis dos 12 locais pesquisados acompanhando a retração nacional. A influência negativa mais importante ficou com São Paulo (-2,9%), seguido por Santa Catarina (-3,7%), Ceará (-5,4%) e Minas Gerais (-1,5%). Em contrapartida, Distrito Federal (8,3%) e Bahia (2,4%) assinalaram os principais avanços.

No acumulado do primeiro bimestre de 2024, as atividades turísticas registram expansão de 0,3% frente a igual período do ano passado.

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Transportes

O volume de transporte de passageiros registrou quase uma estabilidade no mês: um acréscimo de 0,1% frente a janeiro. Ainda assim, é o segundo resultado positivo seguido, acumulando ganho de 2,9%.

Já o volume do transporte de cargas teve queda de 1,4% após ter avançado 0,8% em janeiro. No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o transporte de passageiros caiu 5,7% frente a igual período de 2023, enquanto o de cargas cresceu 5,5% nesse mesmo intervalo.

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