Vídeos mostram novos protestos de trabalhadores da Foxconn na China

Imagens seriam de manifestações contra tratamento recebido por funcionários na montagem de iPhones em Zhengzhou

Roberto de Lira

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Em meio ao crescimento de casos após um novo surto de covid-19 na China, com as autoridades voltando a endurecer regras de circulação de pessoas em várias províncias (incluindo a capital Pequim), apareceram nas redes sociais vídeos de novos protestos de trabalhadores na cidade Zhengzhou.

Imagens capturadas de redes sociais como Kuaishou e Weibo nesta quarta-feira (23) mostram centenas de pessoas avançando contra equipes de contenção que usam trajes protetores, derrubando barreiras e sendo reprimidas com gás lacrimogêneo.

Embora não tenham conseguido confirmações oficiais das imagens, Reuters e AFP disseram se tratar de protestos de trabalhadores da montagem de iPhones da Foxconn, insatisfeitos com promessas e pagamentos de bônus não cumpridas.

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O jornal britânico The Guardian destaca que a fábrica de Zhengzhou é a maior produtora de iPhones do mundo, com cerca de 200 mil trabalhadores. Em outubro, foi noticiado que muitos operários estavam fugindo da planta industrial, frustrados com o tratamento que funcionários infectados estavam recebendo e também por um suposto desabastecimento de provisões.

Em uma tentativa de restaurar a produção, A Foxconn teria então iniciado um esforço para convencer os trabalhadores a permanecer e recrutar mais funcionários, prometendo salários e bônus por hora mais altos. A fábrica mantém operações de circuito fechado, sistema no qual os funcionários vivem e trabalham no local isolados do restante da população.

Novos casos

Enquanto isso, os registros de casos de covid na China avançam. Segundo dados oficiais, foram registrados na terça-feira (22) 27.082 caos de infecções pelo vírus confirmadas, embora não tenha sido registrada nenhuma morte.

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O economista chefe da Macquarie para a China, Larry Hu, disse à rede CNBC que o aumento das infecções na China continental torna mais difícil para o governo atingir a meta de covid zero sem adotar um bloqueio mais severo, no estilo do aplicado em Xangai a partir de abril.

Os impactos econômicos ainda são incertos, mas Ting Lu, economista chefe da Nomura, estima que as atuais medidas de contenção adotadas até segunda-feira (21) já afetavam 20% da economia da China.

(Com agências)

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