Vendas no varejo brasileiro têm alta de 0,3% no 1º semestre, diz Stone

Na comparação mensal, a atividade ficou próxima da estabilidade, com uma queda de 0,1% em junho ante maio, segundo o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo

Roberto de Lira

Praça de alimentação em shopping de São Paulo (Foto: Divulgação do MorumbiShopping)
Praça de alimentação em shopping de São Paulo (Foto: Divulgação do MorumbiShopping)

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O volume de vendas no varejo brasileiro mostrou alta de 0,3% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo divulgados nesta quarta-feira (10). Na comparação mensal, a atividade ficou próxima da estabilidade, com uma queda de 0,1% em junho ante maio.

Entre os seis segmentos analisados, três registraram alta mensal, com o setor de livros, jornais, revistas e papelaria liderando (crescimento de 1,7%), seguido por tecidos, vestuário e calçados (0,6%) e material de construção (0,5%, conforme a pesquisa feita pela empresa de tecnologia e serviços financeiros em parceria com Instituto Propague.

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Em contrapartida, os outros três segmentos apresentaram queda, liderados por artigos farmacêuticos (-1,0%), seguido por móveis e eletrodomésticos (-0,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%).

“Com os dados deste mês, o cenário de incerteza pontuado no último relatório parece se resolver, mostrando que o primeiro semestre de 2024 se encerrou com uma tendência de estabilidade e leve alta quando comparado com os primeiros seis meses de 2023”, comenta em nota o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli.

No recorte regional, dez estados se destacam com resultados positivos no mês, no comparativo anual: Maranhão (9,1%), Rio Grande do Sul (7%), Amazonas (6,1%), Roraima (5,2%), Pará (2,2%), Sergipe (2%), Acre (0,8%), e Mato Grosso (0,5%), Mato Grosso do Sul (0,1%) e Pernambuco (0,1%).

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Foi registrada estabilidade (0,0%) nos estados do Rio Grande do Norte, Minas Gerais e no Distrito Federal.

Entre os outros quatorze estados que tiveram resultados negativos no comparativo anual, os destaques foram: Rondônia (-13%), Alagoas (-9,9%), Piauí (-5%), Santa Catarina (-3,8%), Ceará (-3%), Amapá (-1,6%), Paraíba (-1,6%), Bahia (-1%), Paraná (-0,8%) e Espírito Santo (-0,8%).

Sobre a alta significativa no volume de vendas no Rio Grande do Sul, o pesquisador afirma após o impacto ocasionado pelas enchentes no estado, o desempenho pode demonstrar que o varejo gaúcho está se estabilizando, mas que será necessário aguardar os resultados de julho para confirmar a tendência.