Varejo tem queda de 0,3% em maio, mostra Índice Stone

Entre os seis segmentos analisados, apenas um registrou alta mensal, o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo, com crescimento de 5,6%

Roberto de Lira

Supermercado no Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Supermercado no Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo aponta queda de 0,3% do volume de vendas em maio, no comparativo com o mês anterior, conforme dados da 17ª edição da pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (13).

Entre os seis segmentos analisados, apenas um registrou alta mensal, o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo, com crescimento de 5,6%.

Em contrapartida, os outros cinco setores apresentaram queda, liderados por materiais de construção (-6,2%), seguido por artigos farmacêuticos (-4,3%), móveis e eletrodomésticos (-2,2%), tecidos vestuários e calçados (-1,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%).

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Para Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, diante desses resultados, sobretudo no comparativo mensal, o viés de baixa se torna mais claro no relatório, com o terceiro mês consecutivo de pequenas quedas.

“Mesmo assim, quando olhamos para o cenário regional e segmentado, com resultados oscilando entre altas e baixas nos últimos meses, há maior incerteza nesta trajetória. Portanto, o panorama geral segue sem tendência clara”, explicou em nota.

Regiões

Houve variações relevantes entre as diferentes regiões onde a pesquisa é realizada. Dezesseis estados se destacam com resultados positivos no mês, na comparação anual, com destaque que Maranhão (5,8%), Amazonas (5,0%), Mato Grosso do Sul (4,8%), Pará (4,7%), Roraima (4,3%), Piauí (3,6%) e Goiás (2,5%).

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Minas Gerais (1,7%), Rio Grande do Norte (1,6%), Pernambuco (1,5%), São Paulo (1,0%), Paraíba (1,0%), Mato Grosso (0,9%), Distrito Federal (0,8%), Acre (0,4%) e Ceará (0,2%) também tiveram crescimento, enquanto a Bahia permaneceu estável (0,0%).

Por outro lado, dez estados mostraram baixas no mês: Rondônia (-12,2%), Alagoas (-4,9%), Amapá (-4,2%), Espírito Santo (-2,0%), Tocantins (-1,8%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Paraná (-0,7%), Sergipe (-0,5%), Santa Catarina (-0,3%) e Rio de Janeiro (-0,1%).

Rio Grande do Sul

Entre os resultados negativos, Calvelli destacou que o volume de vendas no estado do Rio Grande do Sul, apesar da catástrofe das enchentes, mostrou uma queda de apenas 1,1% em maio. Este movimento, segundo ele, pode ser explicado pelo peso alto de segmentos de necessidade básica dentro do estado, como ‘Produtos Alimentícios’ e ‘Artigos Farmacêuticos’, que após o choque do mês anterior, apresentaram forte alta durante o mês e sustentaram o resultado do comércio do estado.

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“É importante notar que isso se refere ao recorte de comércio restrito do índice e não representa a situação do estado como um todo. Outros setores, como serviços, por exemplo, foram afetados de forma expressivamente diferente”, ponderou

A pesquisa é feita pela Stone (STOC31), empresa de tecnologia e serviços financeiros, em parceira com o Instituto Propague.