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O varejo na capital paulista avançou 7,7% na capital paulista no segundo semestre do ano passado na comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com o Balanço de Vendas divulgado nesta quinta-feira (19) pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP). O resultado da segunda metade de 2022 foi atribuído ao efeito dos programas de transferência de renda do governo federal, ao aumento do emprego e à recuperação da confiança dos consumidores.
Ainda segundo associação, os cálculos feitos dos economistas do IEGV, com base em amostra da Boa Vista, apontam que o resultado do ano passado inteiro ainda foi 2,4% inferior ao de 2019, ano anterior à pandemia.
Para este ano, a projeção apresentada pelo economista Ulisses Gamboa é de um crescimento modesto, de 1,5%, no varejo paulistano. O principal motivo para essa estimativa é a manutenção da taxa de juros e, patamares altos, que por sua vez sofre influência das incertezas com o novo governo no campo fiscal.
Para o PIB brasileiro, a projeção da ACSP é de um crescimento de 0,6%, devido ao cenário externo, com crescimento baixo nos Estados Unidos e possibilidade de recessão, ainda que branda, na Europa.
Alfredo Cutait Neto, presidente da Associação, os empresários ficam temerosos de investir com o atual quadro de incertezas. “Por isso, estamos preocupados com o equilíbrio fiscal”, afirmou. Ele defende que o governo adote uma gestão de corte de gastos e afirmou que uma reforma administrativa é ainda mais urgente do que uma reforma tributária.