Trump diz que “definitivamente” vai impor tarifas a produtos da União Europeia

Em relação ao Reino Unido, Trump não descartou tarifas, mas disse que a situação "pode ser resolvida"

Lara Rizério

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante um evento para assinar a Lei Laken Riley, na Casa Branca, em Washington, EUA, 29 de janeiro de 2025. REUTERS/Elizabeth Frantz
O presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante um evento para assinar a Lei Laken Riley, na Casa Branca, em Washington, EUA, 29 de janeiro de 2025. REUTERS/Elizabeth Frantz

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Após impor tarifas ao México, ao Canadá e à China no fim de semana, o presidente dos EUA Donald Trump ameaçou fazer o mesmo com a União Europeia (UE) e o Reino Unido.

Em fala à BBC, o presidente americano disse ontem que tarifas contra a UE “definitivamente vão acontecer”. Em relação ao Reino Unido, Trump não descartou tarifas, mas disse que a situação “pode ser resolvida”.

No sábado (01), Trump oficializou tarifas a importações do México e do Canadá em 25% e da China em 10%. As tarifas entram em vigor amanhã (04). O Canadá já anunciou retaliação e a expectativa é que o México também reaja.

A atitude tarifária de Washington reforça temores sobre uma eventual guerra comercial.

No domingo (2), a União Europeia se pronunciou sobre a decisão dos Estados Unidos de impor novas tarifas sobre importações canadenses, mexicanas e chinesas, afirmando que “responderá com firmeza” caso as taxações também sejam aplicadas ao bloco europeu.

“A UE está firmemente convencida de que tarifas baixas promovem o crescimento e a estabilidade econômica, mas responderá com firmeza se tarifas injustas forem aplicadas”, disse a Comissão Europeia.

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Ontem, o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que é importante não dividir o mundo com novas barreiras comerciais, já que todos se beneficiam da globalização.

Questionado sobre uma possível retaliação por parte da UE, Scholz disse que o bloco tem “espaço para ação” como uma grande potência econômica.

“Tentaremos continuar as relações econômicas com a perspectiva de cooperação e colaboração”, disse o chanceler social-democrata após uma reunião com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer em Chequers, casa de campo dos primeiros-ministros a noroeste de Londres.

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(com Estadão Conteúdo)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.