Tragédia no RS reforça necessidade de resiliência financeira, afirma diretora do BC

Um dos pontos citados pela diretora foi a preparação de um novo plano de ação para financiar micro, pequenas e médias empresas

Estadão Conteúdo

Moradores tentam limpar a sujeira e retirar a lama em região afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)
Moradores tentam limpar a sujeira e retirar a lama em região afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

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A diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Carolina de Assis Barros, disse nesta segunda-feira (1) que a tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul reforça a importância de se atingir resiliência financeira.

A afirmação consta em um discurso da diretora em evento da Global Partnership for Financial Inclusion (GPFI), uma iniciativa do G20. O discurso, em texto, foi enviado pela assessoria do BC, já que o encontro, em Fortaleza (CE), é fechado à imprensa.

“A resiliência financeira deve ser, mais do que nunca, um resultado chave buscado por meio de esforços globais relacionados à inclusão financeira e ao bem-estar financeiro”, diz um trecho do discurso.

Ela lembrou que mais de 94% da atividade econômica do Rio Grande do Sul foi afetada pelas enchentes e que o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, deve continuar fechado até dezembro. “Infelizmente, sabemos que essa catástrofe não é um caso isolado”, disse.

Barros elencou três iniciativas da GPFI para criar um ecossistema inclusivo e sustentável, que permita às famílias e empresas atingirem a resiliência financeira, a estabilidade e o bem-estar financeiro.

Um dos pontos citados pela diretora foi a preparação de um novo plano de ação para financiar micro, pequenas e médias empresas. Segundo Barros, isso inclui endereçar a “percepção enganosa” de um maior risco associado a elas, adequando serviços financeiros às suas necessidades e melhorando a disponibilidade de dados confiáveis.

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“Superar esses desafios requer esforços conjuntos de governos, instituições financeiras e empreendedores”, ela disse.

Outro ponto, segundo a diretora, é avançar na “última milha” da inclusão financeira, criando produtos e serviços com responsabilidade e proteção aos consumidores. Em terceiro, ela citou a importância de se considerar o bem-estar financeiro como um guia para a inclusão financeira.