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A taxa de desocupação do trimestre móvel de agosto a outubro de 2021 ficou em 12,1%, uma queda de 1,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de maio a julho de 2021 (13,7%), e recuando 2,5 p.p. frente ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,6%).
Assim, a taxa veio melhor do que a esperada, que era de 12,3%, segundo consenso do mercado. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A população desocupada (12,9 milhões de pessoas) diminuiu 10,4% (menos 1,5 milhão de pessoas) frente ao trimestre terminado em julho (14,4 milhões de pessoas) e caiu 11,3% (menos 1,7 milhão de pessoas) ante ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,6 milhões de desocupados).
A população ocupada (94,0 milhões de pessoas) cresceu 3,6% (3,3 milhões de pessoas) frente ao trimestre anterior e subiu 10,2% (8,7 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 54,6%, subindo 1,8 p.p. frente ao trimestre de maio a julho de 2021 (52,8%) e de 4,6 p.p. frente ao mesmo período do ano anterior (50,0%).
Taxa de desocupação – Brasil
“Essa queda na taxa de desocupação está relacionada ao crescimento da ocupação, como já vinha acontecendo nos meses anteriores”, afirmou, em comunicado, a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
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Segundo ela, o aumento no número de ocupados ocorreu em seis dos dez grupamentos de atividades, a exemplo do comércio, da indústria e dos serviços de alojamento e alimentação.
Com esse crescimento, o nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, subiu para 54,6%, o maior desde o trimestre encerrado em abril do ano passado.
Massa de rendimentos
Conforme o IBGE, o crescimento da ocupação foi influenciado pelo trabalho informal, levando o rendimento real habitual a cair 4,6% e chegando a R$ 2.449.
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Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a queda foi de 11,1%. Já a massa de rendimento foi de R$ 225 bilhões e permaneceu estável frente aos dois trimestres.
“Apesar de haver um crescimento significativo da ocupação, a massa de rendimento permanece estável. Isso acontece porque o rendimento do trabalhador tem sido cada vez menor – seja porque a expansão do trabalho ocorre em ocupações de menores rendimento, seja pelo avanço da inflação nos últimos meses”, diz a coordenadora.
Repercussão
Para a XP, a recuperação do mercado de trabalho continua no caminho certo, mas, do lado negativo, o salário real médio diminui pelo quinto mês consecutivo.
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“Inflação elevada, ampla capacidade ociosa no mercado de trabalho e mudanças significativas na composição da população ocupada total (proporção crescente de empregos informais, que recebem rendimentos médios mais baixos) são as razões para os baixos níveis de rendimento médio real”, escreveu a equipe XP Macro.
“O indicador está em aproximadamente 5,5% abaixo da marca pré-pandêmica, de acordo com nossas estimativas”, acrescentou a XP.
(Com Agência de Notícias do IBGE)
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