Taxa de desemprego cai a 6,9% no trimestre até junho, dento do esperado

Essa é a taxa de desocupação mais baixa para um trimestre móvel encerrado em junho desde 2014; o rendimento real foi de R$ 3.214 em junho, uma alta de 1,8% na comparação trimestral e de 5,8% na anual

Roberto de Lira

Carteira de trabalho (Foto: Wikimedia Commons)
Carteira de trabalho (Foto: Wikimedia Commons)

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A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,9% no trimestre encerrado em junho, informou nesta quarta-feira (31) o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa está 1 ponto percentual abaixo da observada no trimestre até março (7,9%) e 1,1 p.p. mais baixa que a divulgada no mesmo trimestre móvel de 2023 (8,0%).

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, essa é a taxa de desocupação mais baixa para um trimestre móvel encerrado em junho desde 2014, quando também atingiu 6,9%.

O dado veio em linha com o consenso LSEG de analistas, que previa uma taxa de desemprego de 6,9%.

A população desocupada – aqueles que não tinham trabalho e buscaram por uma ocupação no período de referência da pesquisa – ficou em 7,5 milhões de pessoas e recuou nas duas comparações: -12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e -12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano.

Segundo o IBGE, esse foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

Além disso, a população ocupada chegou a 101,8 milhões, atingindo assim um novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano.

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O nível da ocupação – percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – foi a 57,8%, crescendo nas duas comparações: 0,8 p.p. ante o trimestre móvel anterior (57,0%) e 1,2 p.p. no ano (56,6%). Este também foi o maior nível de ocupação desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos foi de R$ 3.214 em junho, uma alta de 1,8% na comparação trimestral e de 5,8% na anual.

A massa de rendimento real habitual, de R$ 322,6 bilhões, atingiu novo recorde, crescendo nas duas comparações: 3,5% (mais R$ 10,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,2% (mais R$ 27,3 bilhões) no ano.