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A balança comercial da China no primeiro bimestre de 2024 bateu seu recorde histórico, ao registrar uma superávit equivalente a US$ 125,1 bilhões, ante US$ 116,9 bilhões no mesmo período do ano passado. O gigante asiático divulgou os resultado combinado de janeiro e fevereiro para suavizar o impacto do feriado do Ano Novo Lunar, que caiu em períodos diferentes nos dois anos.
As exportações do país aumentaram 7,1% no bimestre em relação ao ano anterior, para US$ 528 bilhões, enquanto as importações subiram 3,5%.
Embora ambas as leituras tenham superado as previsões do mercado, deve ser levado em consideração que a base de comparação foi afetada pelos dados mais baixos do início de 2023, quando o país ainda sofria efeitos das medidas para o controle da pandemia de covid-19.
“As exportações da China beneficiaram da recuperação do ciclo tecnológico global e da menor pressão de desestocagem, o que se alinha com outros mercados tecnológicos, como a Coreia”, disse um economista do Natixis Corporate and Investment Banking, segundo o jornal South China Morning Post.
Segundo o especialistas, o rápido crescimento alimentado pelos “novos três” setores da China ligados à transição energética global – veículos eléctricos (VE), baterias de lítio e painéis solares – é uma fonte de otimismo de que os ventos contrários podem ser compensados.
Numa conferência de imprensa realizada na quarta-feira durante o encontro “Duas Sessões” de reuniões políticas em Pequim, o Ministro do Comércio, Wang Wentao, disse que os “novos três”, que juntos registaram um crescimento das exportações de cerca de 30%, irão expandir de forma constante o mercado chinês.