Publicidade
SÃO PAULO – O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) forneça explicações mais detalhadas sobre qual é a atual etapa de testes da Coronavac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em até 48 horas.
Na decisão, Lewandowski pede informações “acerca dos critérios utilizados para proceder aos estudos e experimentos concernentes à vacina acima referida, bem como sobre o estágio de aprovação desta e demais vacinas contra a covid-19”.
No STF, o ministro é o relator das ações que tratam da obrigatoriedade, ou não, de aplicação de vacinas da Covid-19.
Continua depois da publicidade
Na noite da segunda-feira (9), a agência anunciou a suspensão dos testes com o imunizante.
Nesta terça-feira (10), em coletiva de imprensa, a Anvisa afirmou que não havia recebido a informação de que o evento adverso que a levou a interromper os testes da vacina CoronaVac se tratava de suicídio e por isso manteve a suspensão.
Depois, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) defendeu que as pesquisas e testes da vacina CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, deveriam continuar mesmo com o efeito adverso grave registrado.
Continua depois da publicidade
Vale lembrar que a CoronaVac, que está sendo testada em outros cinco países além do Brasil, tem sido objeto de uma batalha política entre o governador de São Paulo, João Doria, e o presidente Jair Bolsonaro, que em outubro proibiu a compra da Coronavac acertada entre Instituto Butantan e Ministério da Saúde.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a se declarar “vitorioso” nessa suposta disputa política entre o presidente e governador paulista, João Doria, ao comentar “mais uma que Jair Bolsonaro venceu”, em resposta a um internauta que questionava sobre uma possível aquisição da vacina chinesa pelo governo federal.
Bolsonaro tem feito críticas à vacina por ela ser chinesa e tem promovido o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa farmacêutica britânica AstraZeneca.