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SÃO PAULO – A testagem e produção brasileira da vacina russa contra Covid-19 – a Sputnik V – não avançou. Segundo o UOL, a parceria anunciada em agosto deste ano previa o envio de dados sobre a Sputnik V para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro e a realização de testes em outubro. Até agora, nada ocorreu, de acordo com o portal.
O acordo no estado foi firmado entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o Fundo de Investimento Direto da Rússia. Ao UOL, o Tecpar afirmou que o fundo alterou o projeto negociado com o Brasil. Já o Fundo de Investimento Direto da Rússia declarou aguardar uma definição da Rússia para que a parceria avance.
Não há nenhum contrato firmado entre o governo federal e o Instituto Gamaleya, responsável pela vacina russa Sputnik V. Mas os governos do Paraná e da Bahia selaram acordos com a Rússia para futuros ensaios clínicos no país e para aquisição de doses.
Em outubro, o fundo russo que financia o desenvolvimento da vacina anunciou que o Brasil poderia começar a produzi-la em dezembro. Entretanto, até o momento, a Anvisa não recebeu um pedido formal do Instituto Gamaleya para teste ou registro da Sputnik V no Brasil.
Vacinação começa na Rússia
Em 24 de novembro, o governo russo anunciou que a Sputnik V teve 95% de eficácia após a segunda dose. Uma semana depois, o governo russo anunciou que iniciaria a vacinação da sua população com a Sputnik V.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, um lote da vacina Sputnik V foi entregue a ao hospital Domodedovo Central City Hospital em Moscou, capital do país.
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Ainda de acordo com a Reuters, algumas pessoas já receberam a dose antes do dia 30. Residentes russos interessados devem se registrar em uma plataforma do governo com antecedência. Outro pré-requisito é apresentar um teste de Covid-19 atestando que não houve contágio pelo novo coronavírus e documentos de identificação.
A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra a Covid-19 no mundo, ainda em agosto. O anúncio gerou preocupação entre a comunidade científica mundial, entre outros motivos, por causa do anúncio dos testes de fase 3 e da vacinação em massa de forma simultânea, mesmo sem ter publicado os resultados em periódicos científicos – parte importantíssima do estudo clínico para que os resultados acerca da vacina possam ser conferidos por agentes independentes.
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