Setor de serviços tem estabilidade em maio, após dois meses de alta, diz IBGE

Os dados vieram melhores que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava uma queda de 0,8% no volume do setor; no acumulado de janeiro a maio, houve alta de 2,0%

Roberto de Lira

Cafeteria no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
Cafeteria no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)

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O volume do setor de serviços do Brasil ficou estável (0,0%) em maio ante abril, após dois meses de alta, informou nesta sexta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o setor mostrou alta de 0,8%.

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Os dados vieram melhores que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava uma queda de 0,8% no volume do setor na comparação mensal. Na medição anual, a estimativa era de queda de 0,1%.

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No acumulado de janeiro a maio de 2024, o volume de serviços nacional cresceu 2,0% frente ao mesmo período do ano anterior. Já nos últimos 12 meses, a taxa acumulada é de 1,3%.

Em maio, o setor de serviços se encontrava 12,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica (dezembro de 2022).

Das cinco atividades acompanhadas pela pesquisa, três apresentaram queda em maio, com destaque para o setor de transportes, que recuou 1,6%. Isso foi influenciado, principalmente, pela menor receita vinda do transporte aéreo, e, em seguida, do rodoviário coletivo de passageiros.

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Os demais recuos vieram de informação e comunicação (-1,1%) e de outros serviços (-1,6%).

Em contrapartida, os serviços prestados às famílias (3,0%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,5%) tiveram resultados positivos do mês.

Regiões

A maior parte (19) das 27 Unidades da Federação (UFs) registrou retração no volume de serviços em maio de 2024, na comparação com abril de 2024. Entre os locais que apontaram taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio de Minas Gerais (-2,9%), seguido por Santa Catarina (-3,6%), Bahia (-4,1%), Maranhão (-8,7%) e Distrito Federal (-2,1%).

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Em contrapartida, Mato Grosso (6,2%) exerceu a principal contribuição positiva do mês, seguido por Tocantins (27,7%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Paraná (0,4%). São Paulo (0,0%) acompanhou o índice nacional e apresentou estabilidade.

Na comparação com maio de 2023, a expansão do volume de serviços no Brasil (0,8%) foi acompanhada por 14 das 27 UFs. A contribuição positiva mais importante ficou com São Paulo (2,1%), seguido por Minas Gerais (1,8%), Rio de Janeiro (0,6%), Amazonas (3,1%) e Bahia (1,3%).

Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-5,4%) liderou as perdas do mês, seguido por Mato Grosso (-8,6%) e Mato Grosso do Sul (-8,2%).

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Turismo

O índice de atividades turísticas caiu 0,2% em maio frente a abril, após ter registrado dois resultados positivos seguidos, período em que acumulou um ganho de 2,4%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 4,6% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3,0% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, seis dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional.

A influência negativa mais relevante ficou com o Rio Grande do Sul (-32,3%), explicada, em grande medida, pelos desastres provocados pelas enchentes, que danificaram os estabelecimentos de prestação de serviços, destruíram a infraestrutura das cidades e reduziram, em larga escala, a mobilidade da população.

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Outros recuos importantes vieram de São Paulo (-1,8%) e do Paraná (-2,8%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (2,5%) e Bahia (1,9%) assinalaram os principais avanços em termos regionais.

Transportes

O volume de transporte de passageiros no Brasil registrou retração de 7,0% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, após ter avançado 10,4% em abril.

Na comparação com maio de 2023, o transporte de passageiros mostrou retração de 6,5% em maio de 2024, após ter avançado 9,9% em abril. Já no acumulado do ano de 2024 (janeiro a maio) houve retração de 3,7% frente a igual período de 2023.

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Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou retração de 0,6% em maio de 2024, após ter ficado estável (0,0%) no mês anterior.