Setor de serviços cresce 1,2% em julho, bem acima do previsto, diz IBGE

No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 1,8% frente a igual período de 2023; no indicador dos últimos 12 meses, houve alta de 0,9% em julho

Roberto de Lira

Cafeteria no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
Cafeteria no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)

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O volume do setor de serviços do Brasil surpreendeu novamente e cresceu 1,2% em julho ante junho, após a forte alta de 1,7% observada no mês anterior, informou nesta quarta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com julho de 2023, houve crescimento de 4,3%.

O setor de serviços se encontra 15,4% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e renovou o ponto mais alto da sua série.

Os dados do mês vieram bem acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava uma queda de 0,1% no volume do setor na comparação mensal. Na medição anual, a estimativa era de crescimento de 2,4%.

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No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 1,8% frente a igual período de 2023. Já no indicador dos últimos 12 meses, houve ganho de dinamismo, passando de 0,8% em junho para 0,9% em julho.

O setor teve altas em três dos cinco setores avaliados na pesquisa de julho, com destaque para as atividades de serviços profissionais, administrativos e complementares e de informação e comunicação.

O setor teve altas em três dos cinco setores avaliados na pesquisa de julho, com destaque para as atividades de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,2%), de informação (6,5%) e de comunicação (3,8%).

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A outra expansão veio de outros serviços (0,2%), que recuperou pequena parcela da perda acumulada entre maio e junho (-0,8%).

Em contrapartida, o setor de transportes (-1,5%) exerceu o principal impacto negativo sobre o total do volume de serviços, seguido pelos serviços prestados às famílias (-0,2%).

Regiões

Regionalmente, a maior parte (14) das 27 Unidades da Federação (UFs) teve expansão no volume de serviços em julho na comparação com junho. Entre os locais que apontaram taxas positivas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (2,4%), seguido por Distrito Federal (14,8%), Rio de Janeiro (0,6%), Minas Gerais (0,9%) e Rio Grande do Sul (1,5%).

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Em contrapartida, Espírito Santo (-2,3%), Mato Grosso (-1,7%) e Paraná (-0,2%) exerceram as principais influências negativas do mês.

Turismo

O índice de atividades turísticas teve retração de 0,9% em julho frente a junho, após ter avançado 3,4% no mês anterior. No entanto, o segmento de turismo ainda se encontra 6,8% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 1,0% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, apenas 6 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de queda. As influências negativas mais relevantes ficaram com Rio de Janeiro (-3,5%) e Bahia (-5,8%).

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Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (12,2%), Minas Gerias (2,1%) e São Paulo (0,3%) apontaram os principais avanços no mês.

Na comparação de julho de 2024 contra julho de 2023, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 1,2%, segundo resultado positivo seguido.

No indicador acumulado do ano (janeiro a julho), o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 1,3% frente a igual período do ano passado.

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Transportes

Em julho de 2024, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou queda de 2,3% frente a junho, após ter avançado 6,1% no mês anterior. O segmento está 0,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,2% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Na comparação com julho de 2023, o transporte de passageiros mostrou expansão de 2,9% em julho de 2024, em seu segundo resultado positivo seguido. No acumulado de janeiro a julho, o transporte de passageiros mostrou retração de 1,8% frente a igual período de 2023.

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou retração de 0,8% em julho de 2024 na comparação com o mês anterior, após ter mostrado acréscimo de 0,4% em junho. Na comparação com julho de 2023, o transporte de cargas caiu 5,4%, em seu terceiro revés consecutivo. Já no acumulado do ano,, houve recuo de 1,9%.