Setor de serviços cai 0,4% em agosto, na primeira queda desde fevereiro, diz IBGE

No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 2,7% frente a igual período de 2023; o indicador dos últimos 12 meses, teve avanço de 1,9% em agosto

Roberto de Lira

Cafeteria no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
Cafeteria no Rio de Janeiro (Foto: Sergio Moraes/Reuters)

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O volume do setor de serviços do Brasil caiu 0,4% em agosto, após alta de 0,2% em julho (dado revisado para baixo), segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgada nesta sexta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a primeira retração observada desde fevereiro.

Na comparação com agosto de 2023, houve crescimento de 1,7%, no quinto resultado positivo dessa leitura.

No acumulado do ano, o volume de serviços cresceu 2,7% frente a igual período de 2023. Já no indicador dos últimos 12 meses, houve avanço de 1,9% em agosto, repetindo as últimas taxas de junho e julho.

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O setor de serviços se encontra 15,0% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,4% abaixo de julho de 2024, quando foi atingido o ponto mais alto da série histórica.

Os dados do mês vieram piores que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava uma alta de 0,2% no volume do setor na comparação mensal. Na medição anual, a estimativa era de crescimento de 3,6%.

O decréscimo do volume de serviços na passagem de julho para agosto de 2024 foi acompanhado por apenas duas das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para o recuo de informação e comunicação (-1,0%), que devolveu parte do ganho de 3,7% acumulado nos dois meses anteriores.

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A outra retração veio de transportes (-0,4%), que emplaca a segunda taxa negativa seguida, acumulando uma perda de 2,0%.

Em contrapartida, outros serviços (1,4%) e serviços prestados às famílias (0,8%) registraram os avanços do mês, com o primeiro ramo assinalando uma expansão de 1,7% no período julho-agosto, enquanto o último alcançou um ganho acumulado de 4,7% entre maio e agosto.

Por sua vez, o setor de profissionais, administrativos e complementares (0,0%) ficou estável no mês.

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Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços mostrou expansão de 0,4% no trimestre encerrado em agosto de 2024 frente ao nível do mês anterior

Entre os setores, houve predomínio de taxas positivas, já que quatro dos 5 setores investigados também mostraram expansão: informação e comunicação (0,9%); os serviços prestados às famílias (0,5%); os outros serviços (0,5%); e os profissionais, administrativos e complementares (0,4%); ao passo que os transportes (-0,1%) registraram a única retração do mês.

Turismo

O índice de atividades turísticas apontou estabilidade (0,0%) em agosto frente ao mês imediatamente anterior, após ter recuado 0,8% em julho. Com isso, o segmento de turismo se encontra 6,9% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 0,8% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

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Regionalmente, houve um maior número de locais assinalando retração (11 dos 17 pesquisados). As influências negativas mais relevantes ficaram com São Paulo (-0,8%) e Rio de Janeiro (-2,1%), seguidos por Minas Gerais (-1,7%) e Pará (-7,9%).

Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (8,0%) liderou os ganhos nas atividades turísticas, seguido por Santa Catarina (2,3%), Distrito Federal (2,1%) e Paraná (1,3%).

Na comparação de agosto de 2024 contra agosto de 2023, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 2,6%, terceiro resultado positivo seguido.

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Em termos regionais, doze das dezessete unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (2,4%) e Minas Gerais (8,1%), seguidos por Santa Catarina (17,5%), Bahia (10,2%) e Paraná (5,4%).

Em contrapartida, Rio Grande do Sul (-17,9%) e Mato Grosso (-20,6%) exerceram os principais impactos negativos do mês

No indicador acumulado do ano (janeiro a agosto), o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 1,5% frente a igual período do ano passado.

Regionalmente, nove dos dezessete locais investigados também registraram taxas positivas, em que sobressaíram os ganhos vindos de Minas Gerais (9,1%) e do Rio de Janeiro (4,4%), seguidos por Bahia (8,2%), Santa Catarina (8,2%) e Paraná (5,4%).

Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-17,2%) registrou o impacto negativo mais importante no acumulado do ano no turismo, seguido por Mato Grosso (-15,3%), Distrito Federal (-4,1%), Amazonas (-8,7%) e Espírito Santo (-6,8%)

Transporte

Em agosto de 2024, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou queda de 0,8% frente a julho, na série livre de influências sazonais, após ter recuado 2,4% no mês anterior.

Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 1,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,9% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou estabilidade (0,0%) em agosto de 2024, após ter mostrado queda de 0,7% no mês anterior.

Dessa forma, o segmento se situa 7,7% abaixo do ponto mais alto de sua série (agosto de 2023).

Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 32,6% acima de fevereiro 2020.

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