Sem impulso olímpico francês, atividade econômica na zona do euro cai em setembro

O PMI composto calculado pelo banco HCOB em parceria com a S&P Global ficou em 48,9 em setembro, ante índice de 51,0 em agosto

Roberto de Lira

Rua comercial de Konstanz, na Alemanha (Foto: Arnd Wiegmann/Reuters)
Rua comercial de Konstanz, na Alemanha (Foto: Arnd Wiegmann/Reuters)

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sila em inglês) composto da zona do euro, um termômetro da atividade econômica que agrega dados tanto do setor de serviços como do industrial,  caiu abaixo da marca de 50,0 pela primeira vez em sete meses em setembro. A leitura calculada pelo banco HCOB em parceria com a S&P Global ficou em 48,9 em setembro, ante índice de 51,0 em agosto.

Segundo a pesquisa, o PMI específico de serviços recuou de 52,9 para 50,5 e, embora ainda permaneça acima do nível médio de 50,0, também foi o mais baixo desde fevereiro.

Já o indicador da indústria caiu de 45,8 para 44,8, o mais baixo desde dezembro do ano passado. As reduções na produção industrial foram particularmente acentuadas na Alemanha e na França, mas o resto da zona do euro também registrou queda.

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Enquanto isso, o setor de serviços da zona do euro conseguiu obter algum crescimento na atividade no final do terceiro trimestre, mas a expansão mais recente foi apenas marginal e a mais lenta em sete meses fevereiro.

Um declínio renovado na França contrastou com o crescimento contínuo dos serviços na Alemanha e no resto da área da moeda comum.

Após um impulso relacionado às Olimpíadas na atividade empresarial em agosto, a produção no setor privado francês voltou a contrair em setembro, juntando-se à Alemanha, onde o ritmo de declínio da atividade foi o mais pronunciado desde fevereiro.

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Para Cyrus de la Rubia, economista chefe do Hamburg Commercial Bank, a zona do euro está caminhando para a estagnação. “Depois que o efeito olímpico impulsionou temporariamente a França, o PMI Composto caiu em setembro na maior extensão em 15 meses. O índice agora caiu abaixo do limite expansionista”, afirmou em nota.

Ele afirmou ainda que, considerando o rápido declínio em novos pedidos não é preciso muita imaginação para prever um enfraquecimento adicional da economia. “A manufatura está ficando mais confusa a cada mês. A recessão já se arrasta há 27 meses e até piorou em setembro. Olhando para o futuro, a queda acentuada em novos pedidos e as perspectivas cada vez mais sombrias das empresas para a produção futura sugerem que esse período de seca está longe de acabar”, previu.

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