Publicidade
Depois que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) decidiu por subir os juros em 25 pontos-base, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, voltou a falar sobre preocupações com a inflação. Em coletiva de imprensa, o chairman disse que o BC notou “alguma suavização” nos preços e disse que a desinflação está, definitivamente, acontecendo. No entanto, disse que o Fed está preparado para fazer novas altas, caso seja necessário.
“Se precisarmos subir mais as taxas, subiremos”, disse.
No entanto, Powell também afirmou que a inflação permanece muito elevada, e que o mercado de trabalho segue bastante apertado, ainda que os salários tenham dado sinais de moderação. Ele aponta que o consumo nos Estados Unidos cresceu ao longo do primeiro trimestre deste ano. Porém, reconheceu que a atividade no setor imobiliário segue fraca.
Leia mais: Banco Central mantém Selic inalterada pela 5ª vez seguida, em 13,75% ao ano
O presidente do Federal Reserve disse que as expectativas de inflação parecem estar bem ancoradas, mas reconheceu que o processo de “desinflação” vai ser turbulento. Ele voltou a dizer que, para reduzir a escalada dos preços, talvez seja necessário um mercado de trabalho mais fraco.
“Faremos o suficiente para baixar a inflação a 2%, mas um pouco dessa restrição deve vir das condições de crédito”, disse o presidente do Fed.
Continua depois da publicidade
No discurso, Powell tratou a crise dos bancos regionais como casos isolados que ocorreram em poucas instituições financeiras.
“Precisamos entender como o SVB falhou. A velocidade como ele faliu é bem diferente do que vimos no passado”, disse.
Ele afirma que os programas do Fed estão atendendo à necessidade de financiamento dessas instituições financeiras. E que há liquidez ampla disponível aos bancos.
Continua depois da publicidade
“É preciso pensar nessas restrições de crédito na nossa próxima reunião”, disse Powell.
O presidente do Fed disse que é muito cedo para afirmar se os acontecimentos recentes mudam a probabilidade de um pouso suave.