Risco fiscal ganhará mais atenção global daqui para frente, diz Campos Neto

Presidente do BC afirmou que a realidade fiscal dos países está "descolada" da política monetária em todo o mundo, mas o Brasil está "um pouquinho pior que a média" na questão das contas públicas

Reuters

O presidente do BC, Roberto Campos Neto  (Reuters/Amanda Perobelli)
O presidente do BC, Roberto Campos Neto (Reuters/Amanda Perobelli)

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(Reuters) – Riscos fiscais ganharão mais espaço no foco internacional daqui para frente, com investidores de olho na sustentabilidade da dívida tanto no Brasil quanto no resto do mundo, disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta segunda-feira (22).

Campos Neto disse em evento organizado pela Legend Investimentos que a realidade fiscal dos países está “descolada” da política monetária em todo o mundo, citando como exemplo Estados Unidos, Japão e Europa.

Entre os mercados emergentes, ele afirmou que o Brasil está “um pouquinho pior que a média” na questão das contas públicas e defendeu que é preciso achar soluções privadas para sair dessa crise fiscal, tanto globalmente quanto localmente.

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Sobre uma eventual redução do ritmo de cortes da taxa básica de juros, citada por ele nos Estados Unidos na semana passada, Campos Neto colocou como condicionante a evolução do nível de incerteza, principalmente no ambiente internacional.

“A gente deu essa gradação exatamente para dar mais transparência daqui para frente no que vamos fazer em termos de política monetária. Nós não temos como dar um guidance porque tem muita incerteza”, afirmou nesta segunda-feira.

O presidente do BC disse ainda que sente “boa vontade” do Congresso par a aprovação da PEC da autonomia financeira do da autarquia.

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