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O pior cenário para a economia americana hoje seria uma estagflação, uma combinação de inflação mais alta com recessão, algo que não está descartado, afirmou nesta terça-feira (10) em Nova York o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon. “Eu diria que o pior resultado é a estagflação – recessão, inflação mais alta”, disse Dimon em uma conferência do Conselho de Investidores Institucionais. “E, a propósito, eu não tiraria isso da mesa”, completou.
O presidente-executivo do maior banco dos Estados Unidos fez esses comentários em um momento em que os investidores estão voltando sua atenção para os sinais de desaceleração do crescimento.
Leituras recentes mostraram pressões de preços menos intensas e cada vez mais a caminho da meta de inflação de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), mas relatórios sobre emprego e manufatura revelaram alguns sinais de abrandamento.
Os investidores receberão alguns dados importantes adicionais esta semana, com o índice de preços ao consumidor (CPI) e o índice de preços ao produtor (PPI) na quarta e quinta-feira, respectivamente.
Mas Dimon diz temer uma série de forças inflacionárias no horizonte, como déficits mais altos e aumento dos gastos com infraestrutura, continue a pressionar uma economia ainda em recuperação do impacto das taxas de juros mais altas.
“Eles são todos inflacionários, basicamente no curto prazo, nos próximos dois anos”, disse Dimon. “Então, é difícil olhar para [isso] e dizer: ‘Bem, estamos fora de perigo’. Acho que não.”
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O CEO do banco já havia alertado sobre uma desaceleração econômica. Em agosto, ele disse que as chances de um “pouso suave” eram de cerca de 35% a 40%, o que implica que uma recessão é o resultado mais provável.
“Estou bastante otimista de que, se tivermos uma recessão leve, ainda mais difícil, ficaremos bem”, disse Dimon à CNBC em agosto. “Claro, sou muito solidário com as pessoas que perdem seus empregos. Você não quer um pouso forçado.”
(Com Reuters)